Foto:
Marcelo Camargo/Agência Brasil
Entidades
que representam a indústria brasileira destacaram os efeitos positivos da
reforma tributária, aprovada pela Câmara nesta sexta (15), para o setor.
O
presidente da CNI (Confederação Nacional da Indústria), Ricardo Alban, disse
que a mudança no sistema tributário é uma grande conquista para todo o país e
era aguardada há mais de 30 anos.
"O
Brasil vai crescer mais, com mais indústria. É uma excelente mudança,
principalmente neste momento em que o país discute como promover a
neoindustrialização da economia brasileira", afirma Alban.
Para a
Fiesp (Federação das Indústrias do Estado de São Paulo), o país passará a ter
um sistema tributário mais moderno, transparente e alinhado às melhores
práticas internacionais, simplificando a vida de quem gera emprego e renda no
Brasil.
"Dois
pontos do texto aprovado merecem destaque: a trava que impede o aumento da
carga tributária e a previsão de revisão das exceções a cada cinco anos. A
aprovação da reforma é um marco e uma vitória de toda a sociedade
brasileira."
A Firjan
(Federação das Indústrias do Rio de Janeiro) diz que a reforma tributária é um
marco histórico para o país.
"A
partir de agora podemos caminhar rumo a um Brasil mais competitivo, próspero,
econômico e socialmente justo. Poderia ter sido melhor, mas a medida aprovada é
muito melhor do que o complexo sistema tributário que vigora hoje", disse
o presidente da Firjan, Eduardo Eugenio Gouvêa Vieira.
Segundo
Vieira, a partir de agora a sociedade ficará mais atenta às despesas públicas,
já que os impostos para financiá-las serão mais transparentes.
A
FecomercioSP (Federação do Comércio de Bens, Serviços e Turismo do Estado de
São Paulo) disse que a reforma trará incertezas para a economia do país já a
partir de 2024.
"Apesar
de aprovada, a nova legislação ainda não está pronta. Mais do que isso, não
fornece garantias de que será possível atingir o principal objetivo de uma
reforma tributária almejada há pelo menos três décadas: a simplificação da
estrutura arrecadatória brasileira", diz a entidade.
"A
consequência desse cenário será um aumento imediato da judicialização, na
medida em que a reforma eleva a insegurança jurídica sobre procedimentos
tributários de empresas e contribuintes."