Em visita a
Brasília desde esta quarta-feira (13), a direção da União dos Municípios da
Bahia (UPB) busca ações para minimizar os efeitos da estiagem. No estado, mais
de 170 municípios já estão com decretos de emergência e já morreram mais de 200
mil animais, muitos de grande porte, com bois e vacas, segundo o presidente da
UPB, Quinho (PSD), também prefeito de Belo Campo, no Sudoeste.
Uma das
reivindicações da entidade é a proposição de uma MP (Medida Provisória) para
injetar recursos nas prefeituras para o enfrentamento dos efeitos da falta de
água. Quinho estima algo em torno de R$ 500 milhões. Os repasses viriam
para fornecer água potável e bruta, esta para as plantações, além de
alimentação animal.
“As perdas
são grandes e o estado vai viver um momento difícil se essa situação se
prolongar e não houver uma ação rápida dos governos do estado e federal. Uma
medida provisória seria importante neste momento”, disse o presidente da UPB ao
Bahia Notícias.
O prefeito
de Belo Campo também pediu a abertura de mais um galpão da Companhia Nacional
de Alimentos (Conab) para escoamento da distribuição de alimentos, devido à
precariedade dos locais de origem. Ainda nesta quinta-feira (14), Quinho se
reúne com os ministros do Desenvolvimento Agrário e da Assistência Social e
Combate à Pobreza, Paulo Teixeira e Wellington Dias, respectivamente.
Os
encontros também vão ter na pauta o drama da estiagem. Uma das regiões mais
afetadas na Bahia é o chamado Sertão Produtivo, em cidades como Guanambi e
Brumado. Outros municípios do Sudoeste também têm a situação agravada, como
Tremedal, Licínio de Almeida, Iuiú, Belo Campo, entre outros.
Nesta
sexta-feira (15), a direção da UPB tem encontro com o governador Jerônimo
Rodrigues (PT) em que vão tratar também de ações para o enfrentamento da
estiagem.