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Natacha Pisarenko/AP
A inflação
na Argentina chegou a 160,9% no acumulado de 12 meses, anunciou nesta
quarta-feira (13) o estatal Instituto de Estatísticas. Os resultados de
novembro mostram que os preços ao consumidor subiram 12,8% no mês.
A inflação acumulada em 2023 foi a 148,2%. Os setores com maiores altas no mês
passado foram Saúde (15,9%), Alimentos e bebidas não alcoólicas (15,7%) e
Comunicação (15,2%).
Na terça-feira (12), o novo ministro da Economia da Argentina, Luis Caputo
anunciou um pacote fiscal com nove medidas para tentar conter a crise econômica
que afeta o país.
O ajuste
foi chamado na imprensa de "Plano Motosserra", em referência à
motosserra que Milei exibiu na campanha para presidente e que simbolizava o que
o, à época candidato, queria fazer com os gastos públicos — cortá-los
brutalmente.
As medidas
têm o objetivo de recompor as contas públicas argentinas. No discurso de posse,
no domingo (10), Milei disse que "não há dinheiro" no país e pediu
para que a população se preparasse para tempos difíceis antes de que a situação
melhore.
Economistas ouvidos pelo g1 afirmam que o ajuste fiscal de Milei deve realmente
seguir o caminho de piorar os índices de inflação e atividade, mas fazem parte
de um caminho para reduzir o déficit do país e acumular reservas
internacionais.
Como estão previstos fim de subsídios públicos, uma desvalorização da cotação
do peso em relação ao dólar e descongelamento de preços de itens básicos, a
tendência é que a inflação ganhe força nos próximos meses.