Foto: Tomaz
Silva / Agência Brasil
A Refinaria
de Mataripe, antiga Landulpho Alves (RLAM), não será recomprada pela Petrobras.
Pelo menos foi essa a afirmação que o presidente da empresa, Jean Paul Prates,
deu durante o leilão de áreas exploratórias para regime de
concessão realizado pela Agência Nacional de Petróleo, Gás Natural e
Biocombustíveis (ANP) na manhã desta quarta-feira (13).
Ele disse
que a Petrobras mantém conversas com o grupo Mubadala Capital, dono da
refinaria, que fica em São Francisco do Conde, na Região Metropolitana de
Salvador (RMS), para um "projeto maior", que, como adiantado pelo Bahia Notícias em setembro,
envolve um Memorando de Entendimentos (MOU) para um projeto ligado à produção
de biocombustíveis com o uso da macaúba.
Há algumas
semanas até surgiram rumores da recompra da RLAM poderia
ocorrer, mas não passou disso. No mês passado, Prates havia indicado que a
recompra era sim uma possibilidade A declaração ocorreu após a apresentação do
plano estratégico da Petrobras para o quinquênio 2024-2028. Antes, durante a
comemoração do aniversário de 70 anos da empresa, em outubro, o presidente
havia sugerido que a Petrobras estudava reaver essa e outras refinarias.
“O que nós
estamos fazendo de novo? Reconquistando o território brasileiro, revendo todas
as oportunidades que a gente tem na Amazônia, no Nordeste, na Bahia, dentro do
interior de Minas, no Sul, no Sudeste, em todos os lugares”, destacou o
presidente da Petrobras, em setembro, salientando que, apesar das
movimentações, a situação financeira atual do Brasil dificultava iniciativas
maiores.
No entanto,
nesta quarta, o discurso foi outro. Ao mesmo tempo em que negou tratativas do
tipo com relação à Mataripe, Prates negou qualquer tentativa relacionada à
Refinaria da Amazônia, comprada da Petrobras pelo Grupo Atem. "Não há nada
com a Refinaria da Amazônia. A Reman é da Atem. Assim como Mataripe é do
Mubadala", afirmou, de maneira taxativa, o presidente da Petrobras.