Foto:
Imagem Ilustrativa. Governo Federal/Divulgação
A Polícia
Federal deflagrou na manhã desta terça-feira (12), uma operação para
desarticular organização criminosa que fraudava benefícios de aposentadoria por
invalidez na Região Metropolitana de Salvador (RMS). A operação denominada de
Zenon, se iniciou após investigações que apontaram a existência de diferentes
benefícios previdenciários concedidos de forma fraudulenta, através de dados
falsos no sistema do INSS, conforme nota da PF ao Bahia
Notícias.
A ação
contou com cerca de 40 policiais federais que cumpriram 08 mandados de
busca e apreensão, 02 mandados de prisão temporária e 01 mandado por condenação
definitiva, nas cidades de Salvador, Camaçari e Dias D´Ávila.
De acordo
com a investigação da PF, o grupo criminoso era responsável por inserir
informações falsas no sistema previdenciário concedendo benefícios de
aposentadoria por invalidez, com um valor de salário no teto da
Previdência.
Após
apurações, foi verificado que os números de processo não existiam e que não
havia cópia das decisões judiciais anexadas ao dossiê da concessão. Foi
observado também que as matrículas dos servidores que supostamente teriam
concedido os benefícios eram de outros servidores já aposentados, que não
possuem mais qualquer vínculo com o INSS.
Segundo a
PF, foram identificados, até o momento, pelo menos 15 benefícios concedidos de
forma fraudulenta. Mesmo com a implementação dos benefícios fraudulentos, o
setor de monitoramento do INSS conseguiu bloquear os pagamentos sem
possibilitar o saque das aposentadorias por invalidez.
Porém,
mesmo após os bloqueios, os fraudadores entraram nos sistemas do INSS
para solicitar o desbloqueio desses pagamentos de valores retroativos que
era em cerca de R$ 70.000,00.
Os
suspeitos do crime vão responder por Associação Criminosa (art.288 do Código
Penal), Inserção de dados falsos em sistemas de informações (art. 313-A do CP),
estelionato previdenciário, modalidade tentada (art. 171, §3º do CPB), dentre
outros, com penas que, se somadas, podem chegar a mais de 15 anos de prisão.