A Acelen, empresa que controla a refinaria de Matapire Mubadala Capital, em São Francisco do Conde, na Região Metropolitana de Salvador (RMS), anunciou a abertura de um escritório em Houston, Texas (EUA), um dos maiores mercados de energia do mundo.

 

De acordo com a empresa, o objetivo da movimentação é ampliar o seu mercado para o ramo global de biocombustíveis. Com o compromisso de liderar o movimento de transição energética no Brasil, a Mubadala Capital e a Petrobras, assinaram, no início de setembro deste ano, um Memorando de Entendimento (MoU) para explorar oportunidades de cooperação e um possível investimento por parte da Petrobras no projeto de biocombustíveis atualmente em desenvolvimento pela Acelen no Brasil.

 

Com investimentos previstos de mais de R$12 bilhões (aproximadamente US$2,5 bilhões) nos próximos 10 anos, o projeto de biocombustíveis gerará um impacto significativo em toda a cadeia de valor.

 

A produção anual prevista a partir de 2026 é de um bilhão de litros de SAF (Combustível Sustentável de Aviação) e o Diesel Renovável a partir de culturas agrícolas de alta energia, provenientes da Macaúba, uma árvore nativa do Brasil.

 

Serão plantados 200 mil hectares da planta (o equivalente a 280 mil campos de futebol), além de outras culturas nativas, no Brasil, priorizando o uso de terras degradadas. Como resultado, espera-se injetar R$85 bilhões (aproximadamente US$17,3 bilhões) na economia, gerando 90.000 empregos e reduzindo as emissões de CO2 em até 80%.

 

De acordo com a Acelen, a empresa pretende aproveitar o ecossistema de energia dos Estados Unidos no âmbito da Parceria Emirados Árabes Unidos-Estados Unidos para Acelerar a Energia Limpa (PACE) para desbloquear a geração e implantação de biocombustíveis em escala global, acelerando a transição energética - especificamente, seu pilar de enfrentar a descarbonização industrial e de transporte.

 

O PACE é um acordo para catalisar US$100 bilhões em financiamento, investimento e outros apoios para implantar 100 gigawatts de energia limpa globalmente até 2035, avançando na transição energética e maximizando os benefícios climáticos.