Foto:
Mateus Pereira / GOVBA
A Bahia
assina contratos com empresa canadense para realizar projetos de extração de
areia industrial em áreas da Companhia Baiana de Pesquisa Mineral (CBPM). Os
investimentos, que devem ultrapassar o valor de um bilhão e meio de reais, vão
permitir uma revolução no setor, pelo potencial dos projetos em duplicar a
capacidade energética no estado. Além disso, o investimento vai possibilitar
que a Bahia tenha destaque internacional no cenário da mineração
Além disso,
a implementação das unidades fabris resultará na geração de 1.681 empregos na
Bahia. .
O acordo
será formalizado com a empresa Homerun Brasil Mineração Ltda, subsidiária da
canadense Homerun Resources Inc. Entre os projetos firmados está a instalação
de plantas industriais em áreas em Santa Maria Eterna, no município de
Belmonte, na Bahia. Alinhadas às práticas de tecnologia verde, os
empreendimentos visam promover o desenvolvimento da economia baiana.
O
projeto deverá abranger também outros municípios como Ilhéus, com uma planta de
beneficiamento que transformará a sílica in natura em sílica de alta pureza, e
no Porto de Aratu, com a fabricação de células solares, um produto que tem o
potencial de duplicar a capacidade de energia das placas fotovoltaicas. O
investimento inicial será de aproximadamente R$ 300 milhões, podendo chegar a
mais de R$ 1,5 bilhão.
De acordo
com o presidente da Companhia Baiana de Pesquisa Mineral - CBPM, Henrique
Carballal, a assinatura destes contratos são fundamentais para o
desenvolvimento da economia baiana e estão alinhados às normas de produção
ambientalmente responsáveis.
“Seguimos
alinhados às práticas de tecnologia verde, sendo que o projeto se concentra na
produção ambientalmente responsável de sílica, que é evidenciado ao observar o
uso de água reciclável e a eliminação de resíduos químicos e biológicos”,
explica.
“Também
teremos uma unidade industrial de produção de vidro solar para painel
fotovoltaico, vidros especiais automotivos, vidros para embalagens, entre
outros”.
Entre as
contrapartidas dos contratos está a implantação de um fundo para o
desenvolvimento da educação nos municípios onde ocorrerem as operações de mina
e de unidades industriais. “A fonte dos recursos do fundo será equivalente a
10% dos royalties da CBPM mais 10% adicionais sobre o valor dos royalties
aportados pela Homerun”, afirma Carballal.
Além do
investimento inicial que ocorrerá nos próximos quatro anos pela Homerun, também
foi firmado com a CBPM um planejamento de exploração e fornecimento contínuo de
sílica, no distrito de Belmonte, ao longo das próximas duas décadas.
“Essa
projeção para os próximos 20 anos é essencial para assegurar a oferta contínua
desse recurso vital, considerando a rápida exaustão dos depósitos globais de
sílica de alta pureza, que é o segundo recurso natural mais demandado
globalmente, desempenhando um papel crucial na esfera da energia limpa e
armazenamento, oferecendo benefícios substanciais com baixa emissão de
carbono”, concluiu o presidente da CBPM.