A mina de número 18 da
Braskem, em Maceió, sofreu um rompimento neste domingo (10), informou a
prefeitura da cidade. Ainda não há detalhes sobre a dimensão dos danos.
A área do rompimento foi sob a lagoa Mundaú, que tende a
ficar altamente salinizada, com prejuízos para a fauna e a flora do local. O
prefeito João Henrique Caldas (PL) afirmou que maiores informações sobre o
assunto ainda estão sendo colhidas e serão compartilhadas quando possível.
Imagem divulgada pelo prefeito mostra o momento em que o
rompimento ocorreu, causando grande movimentação no espelho d'água da lagoa.
"A Defesa Civil de Maceió ressalta que a mina e todo o seu entorno estão
desocupados e não há qualquer risco para as pessoas", disse ele, em uma
rede social.
Ainda não se sabe o diâmetro da cratera formada pelo
colapso da mina. A situação tem ligação com o afundamento do solo que atinge
cinco bairros da capital de Alagoas. O monitoramento da mina foi ampliado após
cinco abalos sentidos no mês de novembro.
A velocidade se acelerou neste sábado, chegando a 0,54 cm
por hora, apresentando um movimento de 13 cm em 24h, segundo boletim emitido
pela Defesa Civil. O rebaixamento da cavidade de onde era extraído sal gema já
acumula 2,24 m.
O município está em estado de emergência por 180 dias
desde quarta (29), conforme determinação do prefeito.
O problema da mineração começou em março de 2018 e até
hoje não foi solucionado. O Serviço Geológico do Brasil, órgão do governo
federal, concluiu que as atividades da empresa em uma área de falha geológica
causaram o problema.
Desde então, mais de 60 mil pessoas dos bairros Pinheiro,
Mutange, Bebedouro, Bom Parto e Farol foram realocadas para outros pontos da
cidade. O problema afeta cerca de 20% do território de Maceió.