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Fernando Frazão/Agência Brasil
Até 4
de dezembro de 2023, o Brasil registrou mais de 1,6 milhão de casos de dengue,
17,5% a mais que no ano passado, quando chegou a 1,3 milhão no mesmo período. A
taxa de letalidade se manteve em 0,07% nos dois anos —1.053 mortes foram
confirmadas neste ano e 999 no ano anterior.
Segundo o
Ministério da Saúde, a variação climática, o aumento das chuvas, o número de
pessoas suscetíveis às doenças e o ressurgimento de novos sorotipos do vírus
são fatores que podem ter contribuído para esse crescimento.
Com a
identificação do sorotipo 4 da dengue no Rio de Janeiro —desaparecido na cidade
desde 2018—, o Brasil tem hoje os quatro tipos de dengue em circulação ao mesmo
tempo.
Em relação
ao zika vírus, até o final de abril (quando os municípios fizeram a
notificação), houve 7,2 mil casos da doença. No mesmo período de 2022, que
totalizou 1,6 mil ocorrências da doença, a alta foi de 289%.
A
chikungunya registrou queda de 42,2% no país. Até dezembro de 2023, o país
somou 145,3 mil casos da doença contra 264,3 mil em 2022. Na contramão, com
alta de 142,6%, está São Paulo. Até 1º de dezembro, foram registrados 2.167
ocorrências da doença e 12 óbitos. No mesmo período do ano passado, houve 893
confirmações, mas sem óbitos.
Os
resultados do LIRAa (Levantamento Rápido de Índices para Aedes aegypti) e do
LIA (Levantamento de Índice Amostral) , 74,8% dos criadouros do mosquito foram
encontrados nas residências — vasos e pratos de plantas, garrafas retornáveis,
recipientes de degelo em geladeiras, bebedouros, fontes ornamentais e materiais
em depósitos de construção—, 22% em armazenamento de águas elevadas, como
caixas d'água e cisternas, e 3,2% estavam em depósitos de pneus e lixo.