Foto:
AscomALBA/AgênciaALBA
O deputado
estadual Kléber Cristian Escolano de Almeida, conhecido como Binho Galinha
(Patriota), foi alvo da Operação ‘El Patron’, deflagrada em
conjunto pelo Ministério Público estadual, por meio do Grupo de Atuação
Especial de Combate às Organizações Criminosas (Gaeco), Polícia Federal,
Receita Federal e pela Força Correicional Integrada da Secretaria de Segurança
Pública (Force/Coger/SSP). O parlamentar é apontado como líder de grupo
miliciano que atua na região de Feira de Santana, acusado por crimes de lavagem
de dinheiro do jogo do bicho, agiotagem e receptação qualificada. Seis pessoas
foram presas preventivamente e cumpridos 35 mandados de busca e apreensão,
incluindo a casa e fazendas do deputado. Ele e mais 14 pessoas foram
denunciadas pelo MP, entre elas policiais militares. Foram apreendidos
documentos, pasta de cocaína, armas e munições.
Foram
denunciados além do deputado, Thierre Figueiredo Silva, Nilma Carvalho Pereira,
Ruan Pablo Pereira Carvalho, Alexandre Pereira dos Santos, Washington Martins
Silva, Mayana Cerqueira da Silva, João Guilherme Cerqueira da Silva Escolano,
Jorge Vinícius de Souza Santana Piano, Jackson Macedo Araújo Júnior, Vagney dos
Santos Aquino, Josenilson Souza da Conceição, Roque de Jesus Carvalho, Bruno
Borges França e Kleber Herculano de Jesus. Os dez últimos foram presos nesta
manhã.
A denúncia
foi recebida pela Justiça, que determinou a pedido do MP o bloqueio de R$ 200
milhões das contas bancárias dos investigados e o sequestro de 26 imóveis
urbanos e rurais, sendo dez fazendas, nove casas, quatro terrenos, dois
apartamentos e uma sala comercial, quatorze veículos, além da suspensão de
atividades econômicas de seis empresas. O MP solicitou à Justiça que determine
o pagamento de multa superior a R$ 30 milhões por danos morais coletivos.
Durante as investigações, revelou-se que a organização criminosa realizou, em
uma década, movimentações bancárias superiores a R$ 100 milhões de reais, total
transferido diretamente ao logo do tempo pelos investigados e por empresas
constituídas com o intuito de garantir aparência de licitude aos recursos
movimentados.
Segundo a
denúncia, o grupo contaria, ainda, com a participação de policiais militares do
estado da Bahia, os quais integrariam o braço armado da organização criminosa,
com atribuições de efetuar cobranças, mediante violência e grave ameaça, de
valores indevidos oriundos de jogatinas e empréstimos a juros excessivos.
A
deflagração da operação envolveu a atuação de aproximadamente 200 agentes
públicos, entre policiais, delegados, promotores de Justiça e auditores
fiscais, e contou com o apoio do Comando de Operações Táticas (COT), Grupo de
Pronta Intervenção da Polícia Federal (GPI), Gaecos Regionais Norte e Sul e da
Coordenadoria de Recursos Especiais (Core).