O empresário Matheus
Possebon, que gerencia a carreira do cantor Alexandre Pires, usou familiares para
lavar dinheiro da empresa Betser, investigada por suspeita de garimpo ilegal na Terra Indígena Yanomami pela Polícia Federal
na operação Disco de Ouro.
De acordo com informações da Polícia Federal divulgadas
pelo g1, foram identificados três núcleos nas investigações: financeiro,
logístico e laranjas.
No esquema, Possebon teria recebido mais de R$ 1,18 milhão
da mineradora, além do valor distribuído para os familiares. Entre os
beneficiados no esquema estão o irmão e a nora do empresário, que receberam R$
435 mil, o primo de Possebon, que ficou com R$ 86.500 mil, a irmã de Matheus,
que recebeu R$ 30 mil e o cunhado que ficou com R$ 7 mil. Quem também recebeu
um valor foi o contador do empresário, R$ 10 mil.
Possebon e o dono da empresa Betser, Christian Costa dos
Santos, foram presos. A polícia apontou que Christian atuava como sócio
ostensivo, enquanto Possebon era sócio oculto do negócio.
"Evidenciando-se que a prática de crimes é a
principal fonte de renda (R$ 127.723.673,75, dos quais R$ 95.393.798,75 são
provenientes da Betser de Roraima nos anos 2021 e 2022), com o intuito de
integrar o patrimônio milionário, com aparência lícita, ao Sistema Financeiro
Nacional", cita trecho da decisão.
A defesa do empresário afirmou que a prisão é uma
violência e foi "decretada por conta de uma única transação financeira com
uma empresa que ele não mantém qualquer relação comercial".