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Reprodução / Rafaela Felicciano/Metrópoles
Além de
atender a um pedido da Procuradoria-Geral da República (PGR) e determinar a
abertura de um inquérito para investigar o deputado federal André Janones, do
Avante de Minas Gerais, pela suposta prática de rachadinhas em seu gabinete na
Câmara, o ministro do Supremo Tribunal Federal Luiz Fux ordenou que a Polícia
Federal mantenha outra frente de apuração sobre Janones.
Em despacho
nesta segunda-feira (4), Fux deu prazo de 60 dias para que a PF siga com outra
investigação, que envolve o deputado e a prefeita de Ituiutaba (MG), Leandra
Guedes, por “suposta prática de desvio de recursos públicos federais”. As
informações são do Metrópoles, parceiro do Bahia Notícias.
Este caso
corre em segredo de Justiça no STF desde maio. Ele foi aberto a partir de uma
notícia-crime apresentada primeiramente à PF em Uberlândia (MG), depois
remetido pela Justiça Federal de Ituiutaba ao Supremo em razão do foro
privilegiado de Janones.
A pedido da
PGR, e com autorização de Fux, a PF já havia recebido os autos em agosto, para
“providências preliminares, sem prejuízo de outras que a autoridade policial
identificasse como necessárias para o deslinde da investigação”.
O prazo de
dois meses concedido por Fux se encerrou, e a PGR renovou o pedido, alegando “a
necessidade de serem finalizadas as apurações que permitam ao Ministério
Público avaliar a verossimilhança dos fatos descritos”.
Nesta
segunda, o ministro, novamente, atendeu à solicitação, prorrogando a apuração
por pelo menos mais dois meses.
Como
revelou a coluna em janeiro de 2022, um ex-assessor de André Janones, Fabrício
Ferreira, denunciou à PGR em dezembro de 2021 um “sistema de rachadinha” no
mandato do parlamentar mineiro. Segundo o documento, era Leandra Guedes,
ex-assessora de Janones e atual prefeita de Ituiutaba, cidade natal do
deputado, quem recolhia parte do salário do ex-assessor Alisson Camargos, atual
secretário de Meio Ambiente da cidade.