Foto:
Marcelo Camargo / Agência Brasil
O ministro
da Fazenda, Fernando Haddad, reafirmou nesta terça-feira (5) que a economia
brasileira vai crescer 3% neste ano.
A
declaração acontece no mesmo dia em que o IBGE (Instituto Brasileiro de
Geografia e Estatística) divulgou dados que mostram que o PIB (Produto Interno
Bruto) do Brasil perdeu força no terceiro trimestre deste ano, com avanço de
0,1% em relação ao segundo trimestre.
Haddad
participou na manhã desta terça-feira (5) da transmissão ao vivo do presidente
Luiz Inácio Lula da Silva (PT) nas redes sociais, o Conversa com o Presidente.
A
transmissão foi feita de Berlim, na Alemanha. O país europeu é a última parada
da viagem internacional que Lula iniciou na semana passada. Ele passou por
Arábia Saudita, Qatar e Emirados Árabes Unidos, onde participou da COP 28.
"Nós
atingimos uma taxa de juros muito elevada em julho, um patamar mais alto de
taxa de juro, e o Banco Central começou a cortar taxa de juros a partir de
agosto. Então quero crer que, com as medidas que estamos tomando no Congresso,
com o Congresso aprovando as medidas que estamos encaminhando, inclusive a
Reforma Tributária, que vai ser a primeira feita em regime democrático e a mais
ampla da nossa história, mais as leis e medidas provisórias que encaminhamos, o
brasileiro pode esperar uma economia cada vez mais forte", completou.
O resultado
divulgado pelo IBGE nesta terça-feira (5) ficou acima da mediana das
estimativas do mercado financeiro. Analistas consultados pela agência Bloomberg
projetavam baixa de 0,3% no período.
O resultado
do terceiro trimestre vem após a atividade econômica registrar desempenho acima
do esperado na primeira metade de 2023. O PIB havia sido impulsionado pela
agropecuária no primeiro trimestre e por parte dos serviços e da indústria no
segundo.
De julho a
setembro, o Brasil ainda registrou sinais positivos no mercado de trabalho, de
acordo com dados do próprio IBGE. A geração de vagas de emprego formal e o
aumento da renda média e da massa salarial foram vistos por analistas como
fatores de estímulo para o consumo de bens e serviços.
No
acumulado de 2023, a projeção do mercado financeiro é de crescimento de 2,84%
para o indicador, conforme a mediana da edição mais recente do boletim Focus,
divulgada pelo BC na segunda-feira (4) –ou seja, antes da publicação dos dados
do PIB de julho a setembro. A estimativa para 2024 é de avanço menor, de 1,5%.