Apesar
de apontar o esfriamento da atividade econômica brasileira, o resultado do
Produto Interno Bruto (PIB) do terceiro trimestre de 2023 surpreendeu e ficou
acima das expectativas dos analistas do mercado. Divulgado pelo Instituto
Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) na manhã desta terça-feira (5), o
PIB variou 0,1% em relação ao segundo trimestre deste ano. No segundo
trimestre, o PIB havia subido 0,9% em relação ao período anterior.
Os dados divulgados pelo IBGE se colocaram acima das
previsões médias dos analistas. A menor projeção apontava que haveria queda de
0,2% na comparação com o segundo trimestre do ano. Trimestral. Havia inclusive
estimativas que apontavam uma queda do PIB de até 0,6% neste trimestre de julho
a setembro.
De acordo com o IBGE, no acumulado dos últimos quatro
trimestres, terminados em setembro de 2023, o PIB cresceu 3,1%, frente aos
quatro trimestres imediatamente anteriores. O acumulado do ano foi de 3,2%
frente ao mesmo período de 2022. Frente ao mesmo trimestre de 2022, o PIB
cresceu 2,0%.
Em valores correntes, o PIB no terceiro trimestre de 2023
totalizou R$ 2,741 trilhões, sendo R$ 2,387 trilhões referentes ao Valor
Adicionado (VA) a preços básicos e R$ 353,8 bilhões aos Impostos sobre Produtos
líquidos de Subsídios.
Na composição do resultado atual de 0,1% neste trimestre em
relação ao anterior, tanto o setor de Serviços quanto a Indústria avançaram
0,6% na mesma comparação, enquanto a Agropecuária recuou 3,3%. Nas atividades
industriais, houve variações positivas das Indústrias extrativas (0,1%) e das
Indústrias de transformação (0,1%). Já a atividade de Eletricidade e gás, água,
esgoto, atividades de gestão de resíduos cresceu 3,6% e a Construção recuou
3,8%.
No acumulado do ano até o terceiro trimestre de 2023, o PIB
cresceu 3,2% em relação a igual período de 2022. Nessa comparação, a
Agropecuária (18,1%), a Indústria (1,2%) e os Serviços (2,6%) ficaram no campo
positivo.
No setor de Serviços, houve alta em: Atividades
financeiras, de seguros e serviços relacionados (7,0%), Informação e
comunicação (3,8%), Transporte, armazenagem e correio (3,5%), Atividades
imobiliárias (3,1%), Outras atividades de serviços (2,9%), Administração,
defesa, saúde e educação públicas e seguridade (0,9%) e Comércio (0,9%).