Foto: Orlando Costa / Especial
Metrópoles
Novo
boletim divulgado pela Defesa Civil de Maceió, na manhã deste domingo (3),
informa que a velocidade de deslocamento da mina nº 18, que está sob risco
iminente de colapso, continua sendo de 0,7 cm por hora. O deslocamento vertical
acumulado hoje foi de 1,69 metros, apresentando um movimento de 10,8 cm nas
últimas 24h.
Conforme
informações do Metrópoles, parceiro do Bahia Notícias, a
velocidade foi a mesma registrada neste sábado (2), evidenciando uma
estabilidade na forma que o solo está afundando.
No
documento, a Defesa Civil reforça que permanece em alerta máximo para o risco
de colapso da mina localizada no bairro do Mutange. O quadro de esgotamento do
solo é atribuído à extração de sal-gema feita pela Braskem – empresa que
explora 35 minas de sal-gema há mais de 40 anos na área urbana de Maceió.
A cidade
está em situação de emergência, decretado por 180 dias pelo prefeito de Maceió,
JHC (PL-AL), no dia 29 de novembro.
“Por
precaução, a recomendação é clara: a população não deve transitar na área
desocupada até uma nova atualização da Defesa Civil, enquanto medidas de
controle e monitoramento são aplicadas para reduzir o perigo”, reforça a Defesa
Civil municipal.
Ao
Metrópoles a Defesa Civil relatou que as condições climáticas na cidade podem
vir a ser um agravante para o colapso da mina 18 da Braskem, caso haja chuva em
excesso. No entanto, neste domingo, a capital alagoana amanheceu com o tempo
aberto e baixa previsão de chuva (5%). Alguns chuviscos foram registrados no
período da manhã no bairro do Bebedouro, vizinho ao Mutange.
Dados
obtidos pelo site confirmam que a mineração nesses poços de sal-gema provocou o
deslocamento do solo há anos, numa tragédia que vem obrigando dezenas de
milhares de pessoas a deixarem suas casas desde 2018.Ao todo, cinco bairros
foram afetados diretamente pela escavação desenfreada da Braskem: Bebedouro,
Mutange, Pinheiro, Farol e Bom Parto.
Moradores
das áreas de maior risco foram realocados de suas residências. Já moradores
desses mesmos bairros que vivem em regiões de menor criticidade permanecem no
local, vivendo numa espécie de isolamento urbano, a exemplo da comunidade dos
Flexais.