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Carine Andrade/Bahia Notícias
O
presidente da Embasa, Leonardo Góes, compareceu à Assembleia Legislativa da
Bahia (AL-Ba) nesta quarta-feira (22) para falar sobre a distribuição de água e
saneamento nos municípios baianos. Esta é a terceira reunião da estatal com os
deputados que, segundo ele, fizeram mais de mil pleitos que já foram atendidos,
em mais 230 municípios.
Leonardo
concorda que a Embasa precisa ter um maior diálogo com os políticos, mas
reforça que a companhia não faz obras por política. “Eu acho que quando a gente
trata um insumo como a água, isso não é um instrumento para fazer política,
obviamente. [...] A demanda da população não tem situação e oposição, isso
acaba depois do pleito eleitoral. A gente não pode politizar a água, que é um
bem essencial. A gente vem aqui para ouvir todo mundo”, defendeu.
A maior
preocupação da Empresa Baiana de Água e Saneamento, no momento, é a “operação
verão”. Nesta época do ano, locais turísticos com praias, a exemplo da Ilha de
Itaparica, costumam enfrentar a falta de água nas torneiras. Do outro lado,
parte do estado vive em clima de seca e estiagem, necessitando ainda mais de
água encanada. Por isso, a Embasa pediu aos deputados o “apoio e a
capilaridade”.
“Nós
fizemos paradas programadas esse ano, então houve esses momentos [de parada]
que causaram um estresse, mas foi exatamente um preparo pro verão. Também
fizemos bastante manutenções preventivas, mas claro, no verão a gente atua sob
demanda e a demanda aumenta muito. Por exemplo, colocamos geradores em
algumas das nossas estruturas, porque dependemos da energia elétrica. No verão
as praias ficam bastante lotadas, como pousadas e hotéis, a gente precisa
garantir o serviço. Nesse sentido, a gente está preparado”, garantiu.
Um dos
caminhos seguidos, de acordo com Leonardo Góes, foi buscar investimentos de
fora: parte da verba virá do capital aberto na bolsa de valores Brasileira, a
B3. O gestor informou que lançou um projeto de locação de ativos para
abastecimento de água que vem de Praia do Forte e outra do Rio Jordão, que
passa por Arembepe e Guarajuba. “A nossa intenção é duplicar nossa capacidade
de atendimento aqui no litoral norte. Em Salvador não temos problemas de
quantidade de água, mas de melhoria na qualidade da nossa distribuição”,
reconheceu.
Em relação
a capital, a Embasa reforçou na Assembleia que é necessário o diálogo com
a prefeitura para “trazer balneabilidade para as praias”. “Salvador é uma
cidade que depende do turismo, você precisa fazer o saneamento ambiental da
Baía de Todos os Santos, do nosso litoral. [...] Ele [o contrato] nos impõe
metas ousadas ao saneamento e a gente precisa discutir com os municípios, com
Salvador não é diferente, muito pelo contrário", avisou.