Foto: Fabio
Rodrigues-Pozzebom / Agência Brasil
O ministro
da Casa Civil, Rui Costa, negou que articula a saída de Jean Paul Prates, da
presidência da Petrobras. A informação foi publicada pela jornalista Malu
Gaspar, do jornal O Globo.
Segundo a
publicação, Rui estaria tentando emplacar no lugar de Prates seu homem de
confiança e secretário do Programa de Parcerias de Investimentos (PPI), Marcus
Cavalcanti, que também já foi secretário de Infraestrutura da Bahia em sua
gestão como governador do estado.
O
ex-governador da Bahia usou o X, antigo Twitter, para rebater a matéria.
“Apesar de ser citado nesta matéria, quero informar que não fui procurado e nem
ouvido antes da publicação. As informações citadas com meu nome não são
verdadeiras”, publicou.
Apesar de ser citado nesta matéria, quero informar que não fui procurado
e nem ouvido antes da publicação. As informações citadas com meu nome não são
verdadeiras.
— Rui Costa
(@costa_rui) November 20, 2023
Ainda de
acordo com a jornalista, a iniciativa do ministro é mais um lance da disputa
pelo controle dos rumos da Petrobras, que opõe Prates a Costa e o ministro das
Minas e Energia, Alexandre Silveira. O fato de Costa já estar até apresentando
alternativas a Lula é um sinal de que ele acredita que Prates está
politicamente fraco e pode acabar caindo em breve.
O próprio
Prates já teria detectado a movimentação, tanto que vem procurando os
conselheiros que representam os acionistas minoritários para tentar forjar uma
aliança, na tentativa de resistir no cargo. Hoje o governo tem seis dos onze
votos no conselho, mas três são diretamente ligados a Silveira.
No final de
semana, o presidente da Petrobras chegou inclusive a convidar alguns
minoritários para um jantar na próxima noite anterior à votação do plano
estratégico da companhia na reunião do conselho, prometendo esclarecer questões
sobre as quais esses conselheiros ainda tem dúvidas.
Prates
aposta que os minoritários podem preferir apoiá-lo a aceitar que o governo
nomeie um novo presidente que vá atropelá-los nas votações sem qualquer
possibilidade de diálogo.