O corpo de um homem foi
encontrado na cidade de Mucuri, na divisa entre Bahia, Minas Gerais e Espírito
Santo, e logo foi reconhecido pela identidade que levava no bolso. O problema é
que aquele homem já tinha morrido. O caso de fraude documental foi
descoberto após a Coordenadoria Regional de Polícia Técnica (CRPT) de Teixeira
de Freitas realizar a identificação necropapiloscópica (confronto pelas
impressões digitais).
Logo após a entrada do corpo no IML, a equipe da CRPT foi
informada da possibilidade do falecido estar usando o nome de outro familiar,
desta forma, foram solicitadas também as fichas dos irmãos.
“Recebemos este corpo com uma identidade do Estado do Rio
de Janeiro e, imediatamente, solicitamos do Instituto de Identificação Afrânio
Peixoto/RJ o envio da ficha papiloscópica do indivíduo para compararmos com as
digitais do corpo”, explicou Elson Gonçalves Oliveira Jr, Perito Técnico
responsável pela identificação.
Na análise, foi confirmado que o morto em Mucuri utilizava
há quase 20 anos o nome de um de seus irmãos.“Temos por protocolo o processo de
identificação biométrica de todos os corpos que dão entrada na nossa regional”,
pontuou o Coordenador Eder Amorim. Mesmo quando não é possível a identificação
pelas impressões digitais, os peritos optam pela arcada dentária ou ainda o
DNA.
A finalidade de trocar de nome ainda não foi descoberta,
visto que os principais envolvidos morreram. “Declarar o óbito de um indivíduo
traz grandes repercussões, envolvendo seguro, pensões e aposentadorias, por
exemplo. Portanto, é muito importante confirmar a identidade dos corpos que dão
entrada na Polícia Técnica”, finalizou Eder.
O processo de identificação civil, criminal e da
necropapiloscopia são atribuições dos profissionais Peritos Técnicos, que
constituem parte das atividades fundamentais para o Departamento de Polícia
Técnica ao cumprimento de sua missão institucional.