A primeira vacina contra
chikungunya foi aprovada nesta sexta-feira (10) pela agência norte-americana
Food and Drig Administration (FDA). O imunizante terá dose única, é
denominada como Ixchiq e poderá ser aplicada a pessoas com 18 anos ou mais
em regiões expostas ao vírus. A vacina ainda apresenta uma versão viva e
enfraquecida do vírus chikungunya em sua composição.
A vacina pertence ao grupo Valneva, uma produtora de
vacinas da França. A produtora possui parceria no Brasil, com o Instituto
Butantan. A potencialidade e eficácia do imunizante foi testada e comprovada em
dois estudos clínicos realizados na América do Norte. Cerca de 3.500 pessoas
com mais de 18 anos de idade participaram do estudo, onde receberam uma dose da
vacina.
Em uma das fases, realizada nos Estados Unidos, foi
constatada a resposta imunológica de 266 participantes que receberam a vacina
comparando com a resposta imunológica de 96 pessoas que receberam placebo. O
nível de anticorpos observado nos participantes do estudo se referia a um nível
que demonstrou ser protetor em primatas não humanos que receberam sangue de
pessoas que foram vacinadas. Quase todas as pessoas que participaram da
pesquisa e receberam a vacina atingiram este nível de anticorpos.
O imunizante foi aprovado após utilizar o caminho de
Aprovação Acelerada. O caminho possibilita que a agência americana certifique
alguns produtos para condições graves ou com risco de vida com base em
evidências da eficácia de um produto que tem probabilidade razoável de prever
benefícios clínicos.
De acordo com publicação do G1, a agência informou que,
após a comercialização, será conduzido uma pesquisa para analisar a
possibilidade de reações adversas graves similares à chikungunya após a
administração de Ixchiq. Duas pessoas foram hospitalizadas durante o estudo,
com sintomas da doença.