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Fernando Frazão / Agência Brasil
Cientistas
do observatório europeu Copernicus apontaram nesta quarta-feira (8) que 2023
deve ser o ano mais quente dos últimos 125 mil anos da história mundial.
Os dados
indicaram que outubro foi o mês mais quente do mundo neste ano. O mês chegou a
superar o recorde de temperatura de outubro do ano passado e de 2019, por uma
grande diferença, de acordo com o Serviço de Mudanças Climáticas Copernicus
(C3S) da União Europeia.
A marca foi
quebrada por 0,4 graus Celsius, registro que é considerado uma grande margem.
A
vice-diretora do C3S descreveu a anomalia de temperatura de outubro como “muito
extrema”.
Segundo
publicação do G1, o observatório considerou ainda que o mês quebrou uma série
de recordes, sendo o mais quente já registrado no mundo, com uma temperatura
média do ar à superfície de 15,30°C, 0,85°C acima da média de outubro de
1991-2020 e 0,40°C acima do outubro mais quente anterior, em 2019.
Outubro
deste ano no geral foi 1,7°C mais quente do que uma estimativa da média do
mesmo mês entre 1850-1900, o período de referência pré-industrial. Os
cientistas explicaram também que o calor extremo seria um desdobramento das
contínuas emissões de gases com efeito de estufa relacionadas com o El Niño,
responsável por aquecer as águas superficiais no leste do Oceano Pacífico.
A
quantidade de dias que ultrapassou o limite de aquecimento politicamente
significativo já tinha sido registrada em julho deste ano, quando o período foi
o mês mais quente em 120 mil anos. Já as temperaturas médias de setembro
quebraram o recorde anterior em 0,5° C.