Um
vereador de Bom Jesus da Lapa,
no Oeste baiano, foi cassado por suspeita de compra de voto nas eleições de
2020. A decisão foi tomada pelo ministro Raul Araújo, do Tribunal Superior
Eleitoral (TSE).
O magistrado acatou pedido do Ministério Público Eleitoral
(MPE) que denunciou Gedson do Nascimento Ramos (PSC) por concessão de
benefícios a uma eleitora em troca de voto. Na mesma decisão, o ministro
ordenou a recontagem dos votos da eleição para vereador, como forma de dar
posse ao novo edil.
O suposto acordo entre as partes teria ocorrido durante
conversas pelo aplicativo WhatsApp. Em um desentendimento entre os dois, o edil
teria dito que tinha ajudado a eleitora com "propina", e ela disse
que não iria votar no mesmo.
O caso chegou à Justiça através de uma ação do PSDB local,
mas o recurso foi negado pela 71ª Zona Eleitoral. O juiz entendeu que
as provas eram frágeis. O MPE então acionou o TSE, afirmando que havia violação
à legislação eleitoral, apontando abuso de poder, captação ilícita de voto e
influência no resultado das eleições daquele ano. Gedson Nascimento é
ligado ao ex-prefeito de Bom Jesus da Lapa e atual deputado estadual, Eures
Ribeiro.
VEREADOR
Procurado pelo Bahia Notícias, o vereador disse que vai
recorrer e que as denúncias contra ele são infundadas.
"Essa cassação foi ridícula. Foi uma conversa de
WhatsApp, em que a própria pessoa disse, em audiência, que nunca recebeu nada
da minha parte, porque realmente não recebeu. Foi printada uma conversa de
WhatsApp, e a oposição entrou com ação contra mim. Não tem elementos, não tem
prova, não tem nada", reclamou Gedson Nascimento.