Foto: Joá Souza/GOVBA
O Complexo
Industrial de Camaçari, na Região Metropolitana de Salvador (RMS), foi lançado
oficialmente, na manhã desta segunda-feira (9). O evento de lançamento contou
com a presença do governador Jerônimo Rodrigues (PT), do vice-presidente
Geraldo Alckmin, do ministro da Casa Civil Rui Costa, e dos líderes globais da
BYD, Wang Chuanfu e Stella Li.
O
investimento de R$ 3 bilhões na instalação de três fábricas irá gerar mais de
cinco mil empregos diretos e indiretos, com foco na produção de veículos
elétricos, chassis de ônibus e tecnologias de baterias, com o processamento de
lítio e ferro fosfato.
A
expectativa é que a produção tenha início entre o final de 2024 e o início de
2025, com uma capacidade estimada de produção de 150 mil veículos por ano na
primeira fase de implantação. O novo complexo da BYD também se apresenta como
um potencial polo de atração para fornecedores de diversas áreas, seja na
produção de peças técnicas ou na prestação de serviços, com a empresa
priorizando fornecedores locais.
Para
Jerônimo Rodrigues, a instalação das fábricas da BYD colocam o estado em uma
posição de destaque na produção de energias renováveis, que integra o projeto
de construção de uma nova Bahia. “O evento de hoje marca o início para a construção
de uma indústria na Bahia com um novo modelo de governança ambiental e de
cuidado com a classe trabalhadora. Eu tive na China e tive a oportunidade de
conhecer a preocupação da BYD no trato com os seus trabalhadores e com o meio
ambiente. Portanto, é um selo de compromisso do Governo Federal e do Governo do
Estado com a iniciativa privada para garantir uma Bahia ainda mais atrativa e
competitiva nessa área de sustentabilidade, a qual que já temos destaque
perante o país e o mundo”, declarou o governador.
Representando
o presidente Luiz Inácio Lula da Silva no lançamento, o vice-presidente Geraldo
Alckmin parabenizou os baianos pela conquista. “Quero trazer um abraço muito
afetivo ao governador Jerônimo, saudando toda a Bahia por essa grande conquista.
Quando nós sonhamos juntos, é o início de uma nova realidade”, afirmou Alckmin,
que destacou que o grupo chinês chega ao Polo Petroquímico de Camaçari em um
bom momento do país, quando a taxa de desemprego é 7,8% - a menor da última
década -, quando é registrada uma das menores inflações do mundo - 4% - e com o
Brasil ocupando o lugar de segundo maior receptor de investimentos estrangeiros
diretos do planeta.
Alckmin
lembrou, ainda, que a chegada da empresa representa uma nova industrialização,
baseada em inovação e sustentabilidade. Ele ressaltou que a BYD é líder mundial
em carros elétricos, que atua na vanguarda da tecnologia e vai transformar a
Bahia em um dos principais centros de pesquisa, desenvolvimento e inovação do
setor.
CENTRO DE
PESQUISA
Além das
fábricas, a BYD vai estabelecer um centro de pesquisa e desenvolvimento na
região, com o objetivo de transformá-la em um polo de tecnologia, referido como
o ‘Vale do Silício brasileiro’. Uma das metas principais desse centro será o
desenvolvimento de tecnologia para um motor híbrido flex, que possa combinar
etanol com motores elétricos.
Stella Li,
CEO da BYD para as Américas, destacou o compromisso global da marca com a
mobilidade sustentável. “Essas instalações aqui em Camaçari serão fundamentais
para impulsionar essa visão no Brasil. Vamos trabalhar incansavelmente para
trazer inovação e tecnologia de ponta, e estamos ansiosos para colaborar com a
comunidade local e criar oportunidades para todos”.
O ministro
da Casa Civil, Rui Costa, avaliou a importância do avanço tecnológico para o
desenvolvimento de energias sustentáveis. “O centro de pesquisa planejado para
a Bahia será fundamental nesse processo, impulsionando a busca por soluções
inovadoras, contribuindo não apenas para a indústria automobilística, mas
também para a promoção da sustentabilidade em todo o país”.
ESTRUTURA
O complexo
de Camaçari, localizado a 50 quilômetros de Salvador, será composto por três
células fabris. A primeira será dedicada à produção de caminhões elétricos e
chassis para ônibus, atendendo às demandas das regiões Norte e Nordeste do
Brasil. A segunda fábrica será focada na produção de veículos automotores
híbridos e elétricos, com capacidade estimada de 150 mil unidades anuais,
podendo ser ampliada para até 300 mil unidades em fases posteriores do projeto.
Por fim, a terceira fábrica estará centrada no processamento de lítio e ferro
fosfato, atendendo ao mercado externo através da infraestrutura portuária
disponível na região.