Ednaldo Rodrigues, presidente da Confederação Brasileira de Futebol (CBF), enviou ofício à Presidência da República e ao Ministerio da Justiça solicitando que a Polícia Federal entre nas investigações de manipulação de apostas esportivas com o objetivo de centralizar todas as informações a respeito dos casos. 

 

Em nota, a CBF também ressalta que não há qualquer possibilidade do Brasileirão ser suspenso e que vem trabalhando em conjunto com a FIFA e outras esferas internacionais para um modelo padrão de investigação.

 

Na última terça-feira (9) a Justiça aceitou a denúncia do MP-GO e 16 investigados, sendo sete jogadores, se tornaram réus. Entre os atletas estão Eduardo Bauermann, Fernando Neto, Gabriel Tota, Igor Cariús, Matheus Gomes, Paulo Miranda e Victor Ramos. Os demais acusados são apostadores ou membros do grupo responsável pelas manipulações. 

 

Na última terça-feira (9) a Justiça aceitou a denúncia do MP-GO e 16 investigados, sendo sete jogadores, se tornam réus. Entre os atletas estão Eduardo Bauermann, Fernando Neto, Gabriel Tota, Igor Cariús, Matheus Gomes, Paulo Miranda e Victor Ramos. Os demais acusados são apostadores ou membros do grupo responsável pelas manipulações.

 

Além dos réus, jogadores como Alef Manga, Maurício, Nathan, entre outros, foram citados em conversas reveladas nesta quarta-feira (10). 

 

Confira na íntegra a nota de esclarecimento da CBF: 

 

"Com relação a suspeitas de envolvimento de atletas de clubes das séries A e B do Campeonato Brasileiro de 2022, em possíveis atos de manipulação de resultados de partidas, a Confederação Brasileira de Futebol (CBF) informa que o presidente da entidade, Ednaldo Rodrigues, enviou ofício à Presidência da República e ao Ministério da Justiça, solicitando que a Polícia Federal entre no caso, com o objetivo de centralizar todas as informações a respeito dos casos em investigação. A CBF, por sua vez, estará à disposição para dar todo o apoio necessário.


A CBF ressalta, ainda, que não há qualquer possibilidade de a competição atual ser suspensa. E vem trabalhando em conjunto com a FIFA e outras esferas internacionais para um modelo padrão de investigação. Vale lembrar que a entidade, que igualmente é vítima destes possíveis atos criminosos, não foi, até o momento, oficialmente informada pelas autoridades sobre os fatos.

 

Na reunião ocorrida no último dia 7/03, na sede da entidade, com a participação  de Promotores e Procuradores de Justiça de diferentes estados do país e do Conselho Nacional do Ministério Público, a Confederação já havia se colocado à disposição para subsidiar situações desse tipo, sempre que acionada.

 


A CBF ressalta que, tão logo estejam comprovados os fatos, espera que as sanções cabíveis por parte do STJD sejam tomadas de forma exemplar. Mais uma vez, a entidade reforça que o campeonato não será suspenso, mas defende que a punição de atletas e demais participantes do esquema de fraudes aconteça de forma veemente.
 


'Venho trabalhando em conjunto com a FIFA, demais entidades internacionais, além de clubes e Federações brasileiros, com o intuito de combater todo e qualquer tipo de crime, fraude ou ilícito dentro do futebol. Defendo a suspensão preventiva baseada em suspeitas concretas e até o banimento do esporte em casos comprovados. Quem comete crimes não deve fazer parte do futebol brasileiro e  mundial'", assinalou o presidente da CBF, Ednaldo Rodrigues.

Foto: Thais Magalhães/CBF