A Polícia Civil, junto com o Ministério Público da Bahia (MP-BA), está cumprindo nove mandados de busca e apreensão contra um grupo suspeito de ter sonegado ao menos R$ 3,5 milhões em impostos na Bahia. Com 37 profissionais, a força-tarefa foi iniciada na manhã desta quarta-feira (26) nos municípios de Bom Jesus da Lapa e Sítio do Mato.
Batizada de 'Operação Parapitinga', a ação investiga a prática de sonegação fiscal por um grupo empresarial do setor de comércio atacadista. Além dos mandados, os bens das pessoas físicas e jurídicas envolvidas foram bloqueados, a fim de garantir a recuperação dos valores sonegados. A políticia e o MP esperam interromper o esquema e coletar provas para a investigação em curso, iniciada em Vitória da Conquista.
O esquema de fraude foi identificado pela Secretaria estadual da Fazenda (Sefaz), em conjunto com o Ministério Público estadual e a Polícia Civil. Segundo as investigações, o grupo fazia aquisição e distribuição de mercadorias sem documentação fiscal; usava "laranjas" no quadro societário, cujas pessoas jurídicas utilizadas eram posteriormente abandonadas e imediatamente sucedidas por outras. Além disso, utilizava empresas em nome de terceiros para aquisição de mercadorias, deixando para trás valores expressivos em débitos tributários de ICMS.
São investigados, ainda, crimes de lavagem de dinheiro e associação criminosa possivelmente relacionados à prática da sonegação fiscal. Conforme as instituições, também existem outras autuações administrativas em tramitação na Sefaz, que apuram possível débito de mais R$ 2,5 milhões, ou seja, o valor sonegado pode ainda ser maior do que o já identificado.
A operação contou com a participação de seis promotores de Justiça, cinco delegados de Polícia, 17 policiais do Draco, seis servidores do Fisco Estadual e três policiais da Companhia Independente de Polícia Fazendária (Cipfaz).