O Tribunal de Justiça da Bahia (TJBA) manteve a decisão da primeira instância de levar a júri popular Luiz Carlos Ferreira da Silva, acusado de matar com quatro tiros à queima-roupa a ex-esposa Alessandra Souza Rios, de 40 anos. Luiz não aceitava o fim do relacionamento.

De acordo com o advogado dos familiares das vítimas, o criminalista Matheus Biset, foi assertiva a decisão do Tribunal de Justiça em manter a pronúncia do acusado. “Tendo em vista as inúmeras provas acordadas aos autos dos indícios de autoria e materialidade de todos os quatro crimes a ele imputados, o Juiz acertou ao decidir que os crimes praticados pelo réu sejam julgados pelo próprio povo”, declarou Matheus Biset.

O crime aconteceu na frente das filhas do casal, na cidade de Ipirá, distante cerca de 210 km de Salvador, no dia 17 de janeiro de 2022. Na fuga, o acusado foi perseguido pela filha e por dois genros. Nesse momento, Luiz tentou matar os três.

Luiz Carlos Ferreira da Silva teve a prisão em flagrante convertida em preventiva após audiência de custódia no Fórum de Ipirá. Ele disse à polícia que estava desorientado e não se recordava do crime. Será levado a júri por feminicídio e três tentativas de homicídio. “Desta decisão ainda cabe recurso por parte do réu, o que obsta a designação, de logo, da data do Júri. Enquanto isso, o réu permanece preso preventivamente”, complementou Biset.

Luiz Carlos Ferreira da Silva | FOTO: Divulgação |

Detalhes do Crime
Alessandra Souza Rios foi morta na madrugada do dia 17 de janeiro de 2022, quando voltava de uma vaquejada com as filhas. O momento em que Luiz Carlos furou o pneu de carro de Alessandra Souza Rios e a matou foi flagrado por uma câmera de segurança.

As imagens mostram que as duas filhas de Luiz e Alessandra descem do carro logo após os tiros. Uma delas se aproxima do pai e a outra tenta socorrer a mãe. As informações são de assessoria.