O deputado estadual Adolfo Menezes (PSD), presidente da Assembleia Legislação da Bahia (AL-BA), garantiu nesta segunda-feira (24) que seguirá a orientação que for dada pela Procuradoria Jurídica da Casa sobre a instalação ou não de uma Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) para investigar as ações do Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra (MST) no interior da Bahia em 2023.

 

Segundo Menezes, o parecer elaborado pela área jurídica da AL-BA deve ficar pronto até a próxima quarta (26), quando a decisão será tomada. A fala do presidente do parlamento baiano ocorreu durante a sessão desta tarde, após uma manifestação do deputado estadual Luciano Simões Filho (União), que criticou o MST e pediu a instalação da CPI.

 

“Em relação à CPI, nós temos aqui o departamento jurídico e a procuradoria jurídica. Este presidente vai se pautar na Lei. Temos diversos advogados experimentados, já estive com o procurador hoje e pedi agilidade para quarta-feira, no máximo, ele nos dê o parecer. E o parecer que foi dado vai ser seguido, porque este presidente quer seguir a Lei”, prometeu Menezes.

 

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Adolfo também aproveitou para criticar o MST pelas ocupações de terra realizadas no interior do estado, sobretudo nas regiões da Chapada Diamantina e do Extremo Sul, com foco em propriedades da empresa Suzano, produtora de celulose.

 

“Este presidente é a favor da Lei. Sou totalmente contra a barbárie, esses movimentos que invadem terras e fazendas produtivas. Sou favorável à reforma agrária e eu acredito que todos são, desde que se obedeça todo o processo legal, com uma desapropriação justa de terras improdutivas”, criticou.

 

O presidente da AL-BA lembrou que um ato de grande produtores rurais está programado para acontecer na sede do parlamento baiano nesta terça (25), em protesto contra os atos do MST no estado.

 

“Amanhã mesmo, tem um movimento aqui nesta Casa da Frente dos Produtores e eu estarei lá dando apoio, como esteve aqui também ordeiramente, na semana passada, o pessoal do MST. Aqui é a casa do povo. Qualquer um pode trazer a sua mensagem, protestar, desde quando seja de uma forma ordeira e democrática”, disse Menezes.

 

Nem o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT), de quem Adolfo é aliado, foi poupado das críticas. O petista foi lembrado por ter levado em sua comitiva à China o grande líder nacional do MST, o economista João Pedro Stédile.

 

“Eu também achei um absurdo o presidente Lula levar um incendiário, o Stédile, para a China. Eu pensei que ele ia deixar ele lá, mas trouxe de volta. E aí ele dá uma demonstração de que apóia essa barbárie. Mas, ao mesmo tempo, eu vi declarações do ministro de Lula, o Padilha, dizendo que é contra as invasões de terra. E vi vários deputados elogiando a postura do governador Jerônimo, que, ao contrário de outras épocas, tem sido dada a reintegração de posse de forma imediata”, concluiu Adolfo.