Famosa por suas belezas naturais e cidades tranquilas, a Chapada Diamantina tem enfrentado um problema crescente que é a violência. O município de de Mucugê foi palco de um crime brutal no dia 4 de março de 2023. Agnaldo Pereira Pinto Filho, conhecido como ‘Neném’, foi visto pela última vez na cidade. Segundo informações, a vítima teria sido espancado a pauladas até a morte e logo em seguida enterrado às margens de rio na região.
Imagens de câmeras de segurança ajudaram a identificar um dos suspeitos, que foi visto levando a vítima para o local do crime. A partir dessas imagens e informações fornecidas por colaboradores, a Companhia Independente de Policiamento Especializado (Cipe-Chapada) chegou até o nome de um dos suspeitos. ‘Serjão’, como é conhecido o preso, foi abordado na Avenida Antônio Pina Medrado e confessou sua participação no crime, bem como a identidade de outros quatro participantes: ‘Guilherme’, ‘Zinho’, ‘João Paulo’ e ‘Bahia’. Todos estão foragidos.
As buscas pelos outros suspeitos continuam, mas apenas Guilherme foi capturado. Serjão levou os policiais até o local onde o corpo de Neném foi enterrado às margens do Rio Mucugê, alegando ter apenas ajudado no enterro e que os outros teriam matado a vítima a pauladas.
Os outros suspeitos citados por Serjão são ligados à facção BDM (Bonde do Maluco), que é comandada por Rauf Santos Almeida, que está preso, mas ainda exercendo controle sobre a facção de dentro da prisão.
Segundo a polícia, a facção tem agido com muita violência na região, aliciando jovens e crianças como soldados do tráfico e matando aqueles que “saem da linha” de forma cruel, utilizando métodos como tortura, esfaqueamento e esquartejamento.
Há dezenas, talvez até centenas de mortes relacionadas à facção de Rauf na região, incluindo a recente morte de uma mulher em Andaraí motivada por uma dívida de drogas de menos de R$ 500.
Além das confissões de Serjão, foram encontradas quantidades significativas de drogas tanto com ele quanto com Guilherme, que foram detidos na delegacia de Mucugê junto com todo o material apreendido.
“É um triste lembrete da violência que assola a região da Chapada Diamantina e da necessidade de ações efetivas para combater o tráfico de drogas e a criminalidade na região”, sintetiza uma fonte ligada ao Jornal da Chapada.
Ainda segundo informações apuradas pela reportagem, é crescente a violência causada pelas disputas das facções pelo controle do comércio de drogas na região chapadeira.
Jornal da Chapada