Em meio ao temor que surgiu entre pais, alunos e professores após o ataque a uma creche em Blumenau (SC), autoridades têm se movimentado, nos últimos dias, para garantir segurança aos alunos. Enquanto o ministro da Justiça e Segurança Pública, Flávio Dino (PSB), tem se reunido com representantes das principais redes sociais utilizadas para disseminação das ameaças, o prefeito Bruno Reis (União) já anunciou uma série de medidas de segurança e o governo do estado está mobilizado para monitorar potenciais casos.
Na última quinta-feira (13), em pronunciamento nas redes sociais, o prefeito de Salvador elencou ações como a ampliação do videomonitoramento nas escolas e o início de uma ronda da Guarda Municipal nas unidades de ensino municipal. Bruno Reis anunciou também que a Guarda Municipal fará um treinamento com dirigentes escolares para lidarem com situações de violência.
De acordo com Bruno Reis, que se reuniu com a secretaria da Educação e da Guarda Municipal para discutir o tema, as medidas serão permanentes e a partir desta sexta-feira (14) as viaturas da guarda já estarão circulando nas imediações das escolas nos dois turnos.
A última quinta-feira (13) também foi de reunião para os secretários estaduais Adélia Pinheiro (Educação), Felipe Freitas (Justiça e Direitos Humanos) e Marcelo Werner (Segurança Pública). As pastas têm atuado de forma integrada na avaliação e monitoramento dos episódios e ameaças ocorridos em escolas públicas e privadas na Bahia na última semana.
Houve reforço no patrulhamento da Ronda Escolar e a criação de um canal de comunicação dos 27 Núcleos Territoriais de Educação (NTE’s) com a Segurança Pública estadual. Segundo o governo, desde a última segunda-feira (10), 28 adolescentes e crianças foram apreendidos por envolvimento em algum episódio ou ameaça.
O ministro Flávio Dino também já apresentou medidas para reforçar a segurança nas escolas. Entre elas, está a instalação de procedimentos para apurar responsabilidade de plataformas virtuais na disseminação de ameaças. Dino chegou a afirmar que as redes sociais podem ser suspensas e até banidas caso não tomem medidas para combater discursos de apologia aos ataques.
As escolas particulares de Salvador também já têm se mobilizado. Algumas delas, como Maristas, Antônio Vieira e ACBEU Maple Bear, já enviaram comunicados aos responsáveis pelos alunos, comunicando medidas como o treinamento das equipes de portaria e segurança e o fortalecimento da relação com as autoridades e a Polícia Militar. Aos pais, os colégios pedem ainda mais atenção no momento de chegada e saída dos colégios e que monitorem como os filhos têm usado as redes sociais.
Foto: Joá Souza/GOVBA