O governador Jerônimo Rodrigues (PT) pregou o diálogo entre entidades do campo no estado, em meio a possibilidade da abertura de uma CPI do MST, na Assembleia Legislativa da Bahia para investigar as ocupações de terra na Bahia (veja aqui e aqui). Direto da China, Jerônimo concedeu entrevista ao Bahia Notícias no Ar, da rádio Salvador FM 92,3, nesta quarta-feira (12). 

 

"Eu faço questão de chamar a atenção de que não podemos, na condição de governo, ter posturas irresponsáveis. Não serei irresponsável. Eu preciso chamar atenção para que os extremos não atrapalhem a vida de ninguém, nem os movimentos sociais que não deem conta da nossa responsabilidade em temas importantes. Da mesma forma, empresários da cidade e do campo querem fazer justiça com as próprias mãos. Tenho a expectativa que possamos nos juntar, o Brasil dividido não ser para a gente. Lula está unindo o Brasil", comentou. 

 

 

Jerônimo indicou que respeita a "autonomia da Assembleia" e pediu que os movimentos sociais do campo e os empresários rurais estabeleçam "um pacto". "Se for preciso, urgente, uma reforma agrária, vamos ajudar o governo federal a fazer. Os países que passaram pela reforma agrária tem outro perfil no campo, de produção, geração de renda. Precisamos estabelecer um pacto para que a propriedade seja respeitada, mas que as pessoas possam ter dignidade e direito a terra", indicou. 

 

"No retorno procurarei entender, chamar a responsabilidade, que couber a mim fazer. Mas o que couber aos movimentos e os empresários, até a Assembleia, a justiça, temos que sentar à mesa, desenhar uma ação que possa demonstrar maturidade que a Bahia tem em relação a esse tema", finalizou.