A inflação de março, abaixo do esperado pelos economistas, fez a Bolsa subir nesta terça-feira (11). O Ibovespa teve sua maior alta diária em mais de seis meses, com os analistas enxergando uma porta para um corte de juros pelo Banco Central, com os preços em desaceleração.
O Ibovespa fechou em alta de 4,29%, chegando a 106.213 pontos. É o maior avanço diário do índice desde o dia 3 de outubro de 2022, dia seguinte ao primeiro turno da eleição presidencial, de acordo com levantamento feito pela plataforma TradeMap.
O dólar comercial à vista caiu 1,16%, para R$ 5,007. Esta é a menor cotação de fechamento para a moeda americana frente ao Real desde junho de 2022.
Nos mercados futuros, os juros também reagiram à inflação. Nestas negociações, o mercado tenta antecipar o comportamento da Selic nos próximos anos, de acordo com o vencimento de cada contrato.
Nos contratos para janeiro de 2024, a taxa passou dos 13,22% do fechamento desta segunda-feira (10) para 13,14%. No vencimento em janeiro de 2025, os juros recuaram de 11,99% para 11,78%. Para janeiro de 2027, os juros caíram de 11,98% para 11,75%.
O índice oficial de inflação do Brasil teve pressão da gasolina em março, mas desacelerou a alta para 0,71%, após avanço de 0,84% em fevereiro, segundo apontam os dados do IPCA (Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo) divulgados nesta terça-feira (11) pelo IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística).
Com o novo resultado, o IPCA acumulou inflação de 4,65% em 12 meses — o avanço era de 5,60% até fevereiro. Trata-se do menor nível desde janeiro de 2021, quando o índice estava em 4,56%.