A ministra do Planejamento e Orçamento, Simone Tebet, afirmou nesta quinta-feira (23), um dia após o governo federal revisar sua projeção oficial para as contas públicas, que espera um rombo de R$ 120 bilhões, bem maior do que o previsto (R$ 107,6 bilhões).
De acordo com a ministra, a equipe econômica ainda precisará incorporar às estimativas a despesa adicional com o reajuste extra do salário mínimo, de R$ 1.302 para R$ 1.320, anunciado pelo presidente da República Luiz Inácio Lula da Silva (PT) para 1º de maio. A estimativa é que a medida custe mais R$ 4,5 bilhões.
"É uma projeção, mas ela está caminhando no sentido que nós queremos, de que o déficit fiscal no Brasil não se encerrará com R$ 230 bilhões, e sim algo em torno, agora com essa projeção, de R$ 107 bilhões. Podemos ter uma pequena alteração quando vier o reajuste do salário mínimo, em torno de mais alguns gastos, de [déficit de] R$ 120 bilhões", afirmou Tebet
O ministro da Fazenda, Fernando Haddad, em janeiro deste ano, anunciou uma série de medidas para derrubar o déficit de mais de R$ 220 bilhões. Na época, ele previa um ajuste potencial de R$ 242,7 bilhões. Hoje, Haddad tem dito que o objetivo é fechar o ano de 2023 com o déficit de até 1% do PIB (Produto Interno Bruto), equivalente a cerca de R$ 100 bilhões.