O atraso na entrega de volumes do inseticida Imidacloprida + Praletrina pelo Ministério da Saúde e a alta no número de casos de dengue têm criado uma situação de preocupação nos estados brasileiros.
Isso se deve, acusa o órgão federal, a falta de estoque do insumo, um dos quatro utilizados para o combate ao mosquito Aedes aegypti na sua forma adulta. Ele é borrifado nas ruas através de veículos conhecidos popularmente como “fumacê”.
Na Bahia, segundo informações da Secretaria da Saúde do Estado da Bahia (Sesab), nesta terça-feira (21), há ainda 43 litros do material, o que seria suficiente para atender, em média, um município. No entanto, alegou a pasta, esse é apenas o último recurso no combate do mosquito transmissor da dengue, zika e chikungunya.
O trabalho de equipes que vão a campo para erradicar as arbovirores tem se dado, prioritariamente com medidas de controle vetorial, já que, conforme alegou a Sesab, cerca de 80% dos focos do mosquito estão dentro das residências.
A última entrega do Imidacloprida + Praletrina teria sido feita em julho do ano passado. Ao Bahia Notícias, o Ministério da Saúde afirmou que está realizando o processo de compra para reestabelecer os estoques.
De acordo com o MS, o produto "teve problemas na aquisição, que foi iniciada em 2021 pela gestão passada, resultando em atraso no fornecimento, conforme informado aos estados e municípios".
"A atual gestão do Ministério da Saúde sanou as questões pendentes e aguarda o recebimento do produto, com expectativa de chegada ao país nas próximas semanas. Cabe ressaltar que não há desabastecimento dos outros tipos de inseticidas utilizados no controle vetorial", explicou por meio de nota.
A gestão de saúde federal chamou a atenção ainda para a participação social e a adoção integrada de métodos de combate ao Aedes. Segundo o comunicado, a alta de transmissão está sendo acompanhada e orientações e suporte estão sendo fornecidos aos entes federativos.