O presidente da Assembleia Legislativa da Bahia (AL-BA), deputado estadual Adolfo Menezes (PSD), afirmou, nesta terça-feira (8), que a Casa precisará de uma suplementação orçamentária, por parte do governo Rui Costa (PT), de pelo menos R$ 110 milhões.

 

De acordo com Adolfo, apesar dele realizar uma gestão austera à frente da AL-BA, decisões de presidentes anteriores da Casa acabam sobrecarregando o orçamento do legislativo da Bahia.

 

“Vamos precisar de suplementação. Vocês da imprensa podem se perguntar: como é que não aumentou nada o custo e vai precisar de dinheiro para fechar as contas? Porque nós temos acordos judiciais que não foram feitos por mim. Foram feitos no passado e, todo ano, impactam em R$ 40 milhões”, afirmou o presidente da AL-BA.

 

Nos cálculos de Adolfo, o valor necessário para que a Assembleia feche as contas deve superar R$ 110 milhões, inclusive devido ao aumento salarial concedido pelo governador Rui Costa ao funcionalismo público.

 

“Nós temos ainda o aumento concedido pelo governador para todo o funcionalismo público, mesmo com o legislativo pequeno, que impacta em mais R$ 20 milhões. E o orçamento de 2022 foi menor R$ 49,5 milhões do que foi gasto em 2021, em plena pandemia, quando muitos serviços não estavam funcionando. Aí já tem R$ 110 milhões. Mais o aumento dos custos em 2022, pois não tivemos em 2021 o restaurante, o transporte, que voltaram a pleno funcionamento na Casa”, apontou o deputado.

 

Adolfo, porém, reforçou que sua gestão não promoveu aumento de gastos. “Nenhum desses recursos foram aumentados por mim, na presidência nesses dois anos. Não é justo, com tantos irmãos nossos passando fome, a Assembleia ficar gastando dinheiro”, declarou.

 

“Eu me honro muito em dizer que, talvez, tenha sido o único presidente que não aumentou o custo da Assembleia em absolutamente nada. Me honro muito, numa época em que o Brasil precisa de tantos recursos. Nós estamos vendo, a nível nacional, o presidente Lula tentando arrumar dinheiro para honrar as promessas que foram feitas: dar aumento real no salário mínimo e continuar com o Auxílio Brasil – que vai voltar a ser Bolsa Família. Então, nesta época tão difícil de recursos, sem demagogia nenhuma, a Casa, para mim, já gasta muito. Tenho feito a minha parte, sem diminuir em nada o funcionamento da casa”, concluiu.


Foto: Lula Bonfim / Bahia Notícias