Como preparação para a Conferência das Nações Unidas sobre Mudanças Climáticas de 2022 (COP 27), o diretor-geral da Organização Mundial da Saúde (OMS), Tedros Adhanom Ghebreyesus, afirmou, em entrevista coletiva de imprensa nesta quarta (2), que as mudanças climáticas têm impactos diretos na saúde de várias maneiras. Ele destaca o aumento do risco da circulação de novos patógenos com potencial para causar novas epidemias e até mesmo pandemias.

 

“Em todo o mundo, as mudanças climáticas estão alimentando surtos de cólera e dengue e aumentando os riscos de novos patógenos emergentes com potencial epidêmico e pandêmico”, explica.

 

De acordo com o líder da OMS, as mudanças climáticas já impactam a saúde de várias maneiras, por meio de eventos climáticos mais frequentes e extremos, surtos de doenças e problemas de saúde mental.

 

Além disso, a poluição do ar, as enchentes e secas vividas em diversos países prejudicam a agricultura e a oferta de alimentos, além de exacerbar doenças e a desnutrição, com um efeito agravante à saúde das populações.

 

“As pessoas doentes têm maior probabilidade de ficarem desnutridas, e as pessoas desnutridas têm maior probabilidade de adoecer e morrer. A crise climática é uma crise de saúde”, pontua Ghebreyesus. “Atingir a meta de limitar o aquecimento global a 1,5°C acima dos níveis pré-industriais trará enormes benefícios para a saúde humana. Não cumpri-la, por outro lado, oferece ‘grandes riscos'”, frisa. As informações são do Metrópoles.


Foto: Christopher Black/OMS