Elegendo, ao todo, 102 deputados entre estaduais e federais, a Bahia escolheu nove parlamentares os quais modificaram suas declarações raciais nas eleições deste ano, em relação ao pleito de 2018. A maior mudança entre as autoafirmações foram as de brancos para pardos, que são considerados negros de acordo com a lei de cotas, 12.990.

 

Na Câmara, os parlamentares Elmar Nascimento (União), José Rocha (União), Claudio Cajado (PP) e Félix Mendonça (PDT) foram eleitos e modificaram suas declarações raciais de brancos, nas eleições de 2018, para pardos no pleito deste ano. Afonso Florense (PT) e Jorge Solla (PT) também alteraram sua autodeclaração, porém, fizeram caminho inverso, indo de pardos para branco. 

 

Na Assembleia Legislativa da Bahia (AL-BA), o deputado estadual, Alex da Piatã (PSD), foi o único eleito que mudou sua declaração racial de branco para pardo. Rosemberg (PT) se elegeu e "modificou sua cor" de branco para preto, sendo o único candidato entre todos que tiveram alterações a fazer este tipo de migração.

 

Paulo Rangel (PT), que também se elegeu na AL-BA, optou por alterar sua autodeclaração de pardo para branco nas eleições de 2022.

 

Ao todo, 47 candidatos que disputaram o pleito em 2018 alteraram sua autoafirmação racial na disputa deste ano.  A maior mudança foi de candidatos que se autodeclararam brancos e passaram a se considerar negros em 2022, chegando a 55,3% (26) das alterações raciais dos últimos quatro anos (veja mais aqui).


Foto: Jade Coelho / Bahia Notícias