Quando ministro da Educação, Milton Ribeiro teria autorizado que contratos de obras federais em escolas fossem negociados em troca de propina para os pastores Gilmar Santos e Arilton Moura. A acusação foi feita ao Estadão pelo empresário do setor da construção civil Ailson Souto da Trindade, candidato a deputado estadual pelo PP no Pará.
A propina seria disfarçada por meio de um contrato fictício firmado entre a igreja de Gilmar e a empresa de Trindade. Segundo o empresário, o acordo previa que o dinheiro vivo fosse escondido na roda de uma caminhonete e levado de Belém (PA) até Goiânia (GO), onde está a sede da igreja dos pastores. O valor da propina era de R$ 5 milhões.
A suspeita de corrupção no MEC é alvo de um inquérito, que tramita de forma sigilosa no Supremo Tribunal Federal. O caso resultou na prisão de Milton Ribeiro e de dois pastores. Há ainda a suspeita de interferência do presidente Jair Bolsonaro (PL) na investigação contra o ex-ministro.