As reclamações de usuários de planos de saúde registradas na Agência Nacional de Saúde Suplementar (ANS) teve alta de 7,2% em julho, na comparação com junho, de acordo com boletim divulgado nesta terça-feira (23) pela agência reguladora. Ao todo, foram 19.222 queixas, o terceiro maior número da série histórica, atrás apenas de março (19.803) e maio (19.526) de 2022. Segundo a ANS, 90% das reclamações registradas puderam ser resolvidas por meio de sua intermediação de conflitos.

 

De acordo com a agencia reguladora, entre as queixas, 268 foram relacionadas a casos de covid-19, o que representa uma queda de 36,5% em relação ao mês anterior. Cerca de metade dessas reclamações (49%) diz respeito a dificuldades na realização de exames e tratamento para a doença.

 

Os dados constam no Boletim Covid-19 – Saúde Suplementar, que avalia que o cenário é de redução de casos da doença e estabilidade dos parâmetros analisados, divulgado  pela última vez, segundo a ANS. 

 

O boletim mostra que, em julho, 52,1% dos leitos comuns e de unidade de terapia intensiva para covid-19  estavam ocupados no conjunto de 49 operadoras de planos de saúde com rede própria hospitalar mapeadas na pesquisa. Nos leitos comuns e de UTI para os demais procedimentos, a taxa de ocupação era de 80,1%. 

 

Os dados apontam, ainda, que os exames de RT-PCR para covid-19 tiveram um aumento de 36,2% em maio de 2022, último mês para o qual há informações disponíveis. Os exames de anticorpos também registraram aumento de 65% em relação a abril deste ano. O crescimento é compatível com a disseminação das subvariantes da Ômicron, que se espalharam no país entre os meses de maio e junho. 

 

Na comparação com o ano anterior, considerando os números do mês de maio, o RT-PCR teve uma redução de 69,4%, e os exames de anticorpos um aumento de 7,94%.


Foto: Tânia Rêgo/Agência Brasil