A Organização Mundial da Saúde (OMS) anunciou, nesta sexta-feira (12), novos nomes para as variantes da varíola dos macacos. A medida, avaliada por um grupo de especialistas convocados pela organização, está alinhada “com as melhores práticas atuais”, de acordo com o anúncio.
O vírus ganhou o nome “varíola dos macacos” após sua primeira descoberta, em 1958, e, portanto, antes que “as melhores práticas atuais na nomeação de doenças e vírus fossem adotadas”. Da mesma forma, as principais variantes foram identificadas pelas regiões geográficas onde se sabia que circulavam.
O nome do vírus que se referia a regiões da África foi substituído por algarismos romanos. Agora, a estrutura de nomenclatura adequada será representada por um numeral romano para o clade e um caractere alfanumérico minúsculo para os subclades.
A mudança visa acabar com a possibilidade de ofender “qualquer grupo cultural, social, nacional, regional, profissional ou étnico e minimizar qualquer impacto negativo no comércio, viagens, turismo ou bem-estar animal”. Com isso, o antigo clado da Bacia do Congo (África Central), passa a ser chamado de Clade um (I); o antigo clado da África Ocidental de Clade dois (II). O Clade dois consiste em dois subclades, o Clade IIa e Clade IIb, sendo o último referindo-se principalmente ao grupo de variantes que circulam amplamente no surto global de 2022. A OMS também está realizando uma consulta aberta para uma nova nomenclatura para a varíola dos macacos.