Um homem investigado por fraude em licitações públicas na ‘Operação Graft’, cuja identidade não foi divulgada, foi preso na madrugada de sábado (6) em Itaberaba, portal de entrada da Chapada Diamantina. Com ele foi encontrada a quantia de R$ 6 mil em espécie.

Segundo informações do Ministério Público da Bahia (MP-BA), o suspeito foi o último dos 10 investigados com mandados de prisão a ser encontrado. Ele era considerado foragido e a prisão foi realizada pelo 11º Batalhão da Polícia Militar de Itaberaba.

Os outros nove investigados foram presos novamente na manhã desta segunda-feira (8), após terem os mandados de prisões preventivas decretados no domingo (7). As prisões aconteceram nos municípios de Euclides da Cunha (2), Salvador (3), Araci (2) e Monte Santo (2).

Operação
A operação é responsável por apurar crimes de organização criminosa, peculato, corrupção passiva, corrupção ativa, falsidades documentais e frustração do caráter competitivo de licitação. Além dos 10 mandados de prisão preventiva, 22 de busca e apreensão foram cumpridos.

A operação além de ter sido deflagrada nos locais onde aconteceram a prisão, também ocorreu em Teofilândia, Lauro de Freitas e Pojuca. Segundo o MP-BA, foram identificadas, ao longo dos anos de 2020 e 2021, pelo menos, 14 procedimentos licitatórios fraudulentos.

Investigações apontam que o esquema consiste em fraudes seriadas e sistêmicas a procedimentos de licitações realizados pela Prefeitura de Euclides da Cunha, com manipulações das informações nos Diários Oficiais do Município, para afastar possíveis empresas concorrentes.

Além da fraude às licitações da Prefeitura de Euclides da Cunha, as investigações detectaram o envolvimento de agentes públicos lotadas em secretarias municipais, e o superfaturamento em obras de pavimentação asfáltica e locação de máquinas pesadas.

O esquema funcionava, no mínimo, há dois anos e os envolvidos manipulavam os dados do Diário Oficial do Município, impossibilitando que empresas sem conhecimento no esquema tenham conhecimento da sessão de licitação. Após realizada a sessão fraudada, o documento era inserido nos Diários Oficiais da Prefeitura.

A operação foi deflagrada por meio da 1ª Promotoria de Justiça de Euclides da Cunha e do Grupo de Atuação Especial de Combate às Organizações Criminosas (Gaeco), e contou com apoio da Delegacia de Repressão às Ações Criminosas Organizadas e Inquéritos Especiais (Draco) e e da 25ª Coordenadoria Regional de Polícia do Interior (Coorpin); Militar e Rodoviária Federal. Jornal da Chapada com informações de MP-BA e iBahia.