Um estudo publicado pela revista científica Nature Reviews Disease Primers, e divulgado pelo Metrópoles, parceiro do Bahia Notícias, concluiu que pessoas em situação de vulnerabilidade socioeconômica desenvolvem múltiplas doenças crônicas dez anos mais cedo do que as mais ricas.
Segundo os pesquisadores, a multimorbidade, termo relacionado ao desenvolvimento de diversas doenças crônicas por uma pessoa, está associada à morte prematura, pior qualidade de vida e aumento do uso dos serviços de saúde.
Além disso, a pobreza e as dificuldades econômicas podem causar mais problemas de saúde mental e expõem as pessoas a uma maior irritabilidade.
Os cientistas mostraram que as pessoas mais pobres geralmente não têm acesso a informações que as ajudariam a ter hábitos mais saudáveis, e nem condições de arcar com uma alimentação equilibrada ou exercícios físicos regulares.
A dificuldade em garantir os direitos humanos básicos também pode ser um dos fatores que dificultam uma vida com menos comorbidades.
A pesquisa foi comandada por cientistas de diversos países, inclusive do Brasil. Profissionais da Dinamarca, Reino Unido, Austrália, Estados Unidos e Peru também empenharam os seus esforços para chegar a essa conclusão. No Brasil, o estudo ficou sob a responsabilidade da equipe da Universidade Federal de Pelotas (UFPel).