O deputado federal Cacá Leão confirmou o diálogo com o ex-prefeito ACM Neto (UB), porém, não descartou que o PP na Bahia possa aderir a candidatura do ministro da Cidadania João Roma (Republicanos). Cacá confirmou nesta segunda-feira (14) que a definição do destino do partido será tomada até a próxima sexta-feira (18).
"Abrimos o diálogo com o ex-prefeito ACM Neto, ele nos procurou na semana passada. Fez o convite ao vice-governador João Leão para que assumisse a condição de candidato a senador da sua chapa. Achamos que não seria ético da sua parte, enquanto estivéssemos participando do governo, que adiantássemos essas discussões. Estamos entregando os cargos do partido e vamos fazer a discussão com os pré-candidatos João Roma e ACM Neto".
Apesar de não ter como preferência, Cacá também colocou como "possibilidade" o seu nome ser colocado na disputa ao governo. "Na política não podemos ter portas fechadas. Não é a que eu defendo. Eu defendo que ele seja candidato a senador, em uma chapa do melhor projeto, para cuidar da Bahia. Todos os dois são grandes amigos, tenho essa qualidade de dialogar e transitar. Vamos tomar essa decisão mais na frente. Estamos sendo cobrados por candidatos", explicou.
Descontente com a condução do PT com o PP, Cacá ressaltou que "traição" seria uma "palavra muito forte" para classificar o ato do antigo aliado. "Faltou um pouco de atenção ao PP", destacou o filho do vice-governador João Leão.
"A forma atrapalhou muito esse processo de tratativa. Foi ofertado por Jaques Wagner a condição do governador, Rui Costa seria senador, Otto Alencar seria ao governo. Foi feita uma visita ao ex-presidente Lula, tudo isso foi feito e desmontado com uma entrevista na rádio. Faltou a consideração de trazer para dentro, discutir. A forma atrapalhou bastante a condição de continuar conversando. Sou uma pessoa que mágoa e raiva só faz mal a quem sente. Sou um admirador do senador Jaques Wagner, continuará sendo um amigo. Tomaremos agora caminhos opostos", disse.
Foto: Vitor Castro / Bahia Notícias