Os preços do petróleo alcançaram nesta segunda-feira (7) os níveis mais altos desde 2008, com os Estados Unidos (EUA) e aliados europeus considerando proibir as importações de petróleo russo, enquanto parecia menos provável que o petróleo iraniano retornasse rapidamente aos mercados globais.
O petróleo Brent subiu US$ 5,1, ou 4,3%, para fechar em US$ 123,21 o barril, e o dos EUA (WTI) avançou |US$ 3,72, ou 3,2%, encerrando o dia em US$ 119,40 o barril. Durante a sessão, ambos os benchmarks atingiram o nível mais alto desde julho de 2008, com o Brent chegando a US$ 139,13 por barril e o WTI, a US$ 130,5.
"A visão maior é que as interrupções no fornecimento estão piorando", disse, em Houston (EUA), o presidente da Lipow Oil Associates, Andrew Lipow. "Ninguém quer tocar em nada relacionado à Rússia."
Segundo a Reuters, os preços globais do petróleo aumentaram cerca de 60% desde o início de 2022, levantando preocupações sobre o crescimento econômico global e a estagflação. A China, segunda economia do mundo, tem como meta um crescimento mais lento de 5,5% neste ano.
No domingo (6), o secretário de Estado dos EUA, Antony Blinken, disse que seu país e aliados europeus estavam explorando a proibição de importações de petróleo russo. A Casa Branca disse nesta segunda-feira (7) que o presidente Joe Biden não tomou uma decisão sobre a proibição das importações de petróleo russo.
Os preços do petróleo podem subir para mais de US$ 300 por barril se os Estados Unidos e a União Europeia proibirem as importações de petróleo da Rússia, disse hoje o vice-primeiro-ministro Alexander Novak.
A Rússia é o maior exportador mundial de petróleo e derivados combinados, com exportações de cerca de 7 milhões de barris por dia, ou 7% da oferta global. Alguns volumes das exportações de petróleo do Cazaquistão dos portos russos também enfrentaram complicações.
Enquanto isso, as negociações para retornar com o acordo nuclear de 2015 do Irã com as potências mundiais estavam envolvidas em incertezas depois que a Rússia exigiu garantia dos EUA de que as sanções que enfrenta pelo conflito na Ucrânia não prejudicariam seu comércio com Teerã. A China também levantou novas demandas, disseram fontes.
Foto: Darrin Zammit Lupi