Mais uma mudança de rumo na chapa governista. Em entrevista para a rádio Metrópole na manhã desta segunda-feira (7), o senador Jaques Wagner (PT) revelou que Rui Costa vai seguir no governo do estado e que Otto Alencar (PSD) vai buscar a reeleição ao Senado.

 

“No sábado tivemos a última conversa. Ele [Otto] não demonstrava tesão para fazer a campanha”, disse Wagner. Com a mudança o PT deve ficar a cabeça de chapa e são três nomes que disputam a vaga: a prefeita de Lauro de Freitas Moema Gramacho, o secretário de Relações Institucionais Luiz Caetano e o secretário de Educação Jerônimo Rodrigues.

 

"Eu escolhi o nome de Rui contra até o Lula. E aí Lula quando escolheu a sucessão escolheu Dilma que ninguém achava que era o melhor nome. Temos três bons nomes, dois deles muito testados eleitoralmente, Caetano já ganhou três ou quatro em Camaçari, Moema quatro em Lauro de Freitas e Jerônimo é um cabra de Feira que tem sucesso absoluto em tudo que pega para fazer", justificou Wagner.

 

"Qualquer nome que colocar apoiado por Lula, sai de 30%. Não estou falando de chutar, é de pesquisa. Pode colocar Caetano, Moema, qualquer um. Toda campanha é uma construção, nós vamos ganhar a eleição, com absoluta certeza. Eu conheço um pouco disso, respeito o adversário, mas não vejo grupo político ali, ele vive muito em nome do avô", completou Wagner.

 

Durante a conversa, Wagner também confirmou a primeira movimentação sugerida dentro do grupo, capitaneada por ele mesmo, com o nome do governador Rui Costa ao senado e o de Otto Alencar como candidato ao governo do estado. "Meu nome estava colocado, eu tomei a decisão que para mim era muito mais importante estar com Lula na reconstrução do Brasil a partir do ano que vem. [...] Comuniquei a Rui que eu não manteria minha candidatura e a gente teria que montar uma estratégia. Óbvio que ia ter choro, choro de carinho das pessoas 'Galego não nos deixe'", sinalizou.

"Montamos uma primeira estratégia, que seria para fortalecer a chapa, Rui ser senador. E em consequência puxaria Otto para candidatura a governador. E o PP, como Rui saindo João Leão sentaria nove meses na cadeira, eles disseram 'tudo bem', isso e mais algumas negociações, a vice seria deles, etc. Era essa a primeira estratégia que eu tinha montado. Ia ter a figura de Rui na chapa. Fui para meu partido e expliquei, óbvio que o PT não acolheu isso no primeiro momento porque tirar um vermelho para colocar o azul na cabeça de chapa", finalizou.