Médicos que apresentaram argumentos a favor da vacinação de crianças de 5 a 11 anos contra a Covid-19, tiveram seus dados pessoais vazados na internet. Os dados, que estavam em poder do Ministério da Saúde, foram divulgados por grupos em redes sociais. A reportagem é de Malu Gaspar, do jornal “O Globo”.
As vítimas do vazamento foram Isabella Ballalai, vice-presidente da Sociedade Brasileira de Imunizações, Marco Aurélio Sáfadi, da Sociedade Brasileira de Pediatria, e Renato Kfouri, diretor da Sociedade Brasileira de Imunizações.
Os profissionais tiveram suas declarações de conflito de interesses, entregues ao ministério, divulgadas na íntegra na internet, junto com os seus números de telefone celular, email e CPF.
A deputada Bia Kicis (PSL-DF), que participou da audiência e se disse contrária à vacinação obrigatória de crianças, admitiu à equipe da coluna que compartilhou as declarações em um grupo de WhatsApp, mas negou que seja a responsável pelo vazamento.
"Solicitei ao Ministério da Saúde os termos e eles me passaram sem restrições. Compartilhei em um grupo de zap de médicos. Quando me avisaram no Ministério da Saúde que alguém havia postado, pedi imediatamente que quem o fez removesse. Mas o ministério me informou que os documentos iriam para o site. Por isso entendi que eram públicos", disse Bia à coluna.