O sindicato que representa os servidores do Banco Central (Sinal) iniciou, nesta segunda-feira (3), o movimento de entrega de cargos de chefia do órgão. De acordo com a entidade, cerca de 500 posições comissionadas, que integram o BC, devem deixar os cargos. Por meio de meio nota, a entidade sindical afirmou que será elaborada uma lista nos próximos dias com os nomes de quem aderiu.
Conforme divulgou o Jornal Folha de São Paulo, os servidores lutam por um reajuste salarial após o Congresso Nacional aprovar uma previsão de reposição apenas para policiais federais no Orçamento de 2022 (reveja).
Ainda de acordo com o jornal, os servidores que eventualmente substituiriam os comissionados também serão convidados a aderir, abrindo mão de cobrirem os titulares. O sindicato revelou ainda a adesão de trabalhadores do Banco Central à paralisação dos servidores federais de diversos órgãos, que ocorrerá no próximo dia 18, organizada pelo Fórum Nacional Permanente de Carreiras Típicas de Estado.
Segundo o presidente do Sinal, Fábio Faiad, o objetivo da mobilização é reivindicar reajuste salarial, que não deve contemplar apenas os policiais federais. "Estamos começando hoje, a ideia é fazer reuniões virtuais com servidores de todo o Brasil para convencê-los a aderir, até como forma de pressão para conseguir uma reunião com o presidente [do BC] Roberto Campos Neto. A gente acredita que nas próximas duas semanas teremos uma lista grande", disse em entrevista ao jornal.