Após a recusa do governo federal da ajuda humanitária oferecida pelo governo argentino (veja aqui), a Bahia passará a receber apoios de forma direta, sem o intermédio da diplomacia brasileira. 

 

A informação foi divulgada pelo governador Rui Costa (PT) em seu Twitter nesta quinta-feira (30). Na publicação, o gestor conclamou outros países a prestarem auxílio aos baianos atingidos pelas fortes chuvas nas regiões Sul, Extremo Sul e Sudoeste.

 

"Os baianos e brasileiros que moram aqui no estado precisam de todo tipo de ajuda. Estamos trabalhando muito, incansavelmente, para reconstruir as cidades e as casas destruídas, mas a soma de esforços acelera esse processo, portanto é muito bem-vinda qualquer ajuda neste momento", escreveu Rui.

 

Nesta quarta-feira (29), o número de mortes causadas pelo temporal em cidades baianas chegou a 24. Segundo dados da Defesa Civil do estado, mais de 37 pessoas estão desabrigadas e outras 53,9 mil estão desalojadas. O número de atingidos passa dos 620 mil. Cerca de 140 municípios foram afetados pelas chuvas, destes 132 decretaram situação de emergência.

 

Também nesta quinta, o presidente Jair Bolsonaro (PL), que está de férias em Santa Catarina, disse que a ajuda argentina não era necessária, pois prepostos das Forças Armadas brasileiras já estariam desenvolvendo as funções oferecidas pelo país vizinho.

 

O governo argentino disponibilizou aos baianos dez pessoas para cumprirem tarefas como almoxarife, seleção de doações, montagem de barracas e assistência psicossocial à população afetada. Segundo Bolsonaro, o Brasil poderia aceitar a ajuda "oportunamente, em caso de agravamento das condições."