Desde o início das chuvas na última sexta-feira (24), a cidade de Jequié registra 400 famílias desalojadas (precisaram sair de casa, mas não precisaram de abrigo do governo) e outras 100 famílias desabrigadas (estão nos abrigos do governo). Os pontos de alagamento começaram a diminuir, mas ainda há pontos alagados.
Segundo informações da assessoria de comunicação da Prefeitura de Jequié, dois rios margeiam a cidade, Contas e Jequiezinho. O último é afluente do primeiro. Como o nível do Rio de Contas está muito alto, ele acaba represando o Rio Jequiezinho, que passa dentro da cidade e não está com forças para desaguar no Rio de Contas, o que acaba mantendo alguns pontos de alagamento.
Os locais mais atingidos pelas chuvas foram o Residencial Mandacaru I e II, no bairro Mandacaru; o Residencial Vida Nova Jequié, no bairro Curral Novo; vias do bairro Caixa D'Água, como a Rua Nazaré e o Loteamento Flamboyant; vias do bairro Amaralina; os loteamentos Beta Ville e Sun Ville, no Parque das Algarobas; o Loteamento Jardim Paquetá, no bairro São José; o Assentamento Flor da Terra e a localidade da Fazenda dos Pequeninos, no bairro Mandacaru. As comunidades rurais também foram bastante prejudicadas, entre elas os distritos de Oriente Novo, Itajuru, Baixão e o povoado do Tamarindo.
Nesta segunda-feira (27), a Chesf anunciou o aumento da vazão na Barragem de Pedras, que fica acima de Jequié. A vazão passou de 330 m³/s na última sexta-feira para 800 m³/s nesta segunda, ou seja, 800 mil litros de água por segundo. Segundo a companhia, a situação hidrológica está sendo permanentemente avaliada, “podendo haver alterações nos valores ora praticados em função da evolução das chuvas e vazões na Bacia do Rio de Contas”, diz o comunicado.