A área de seca na Bahia atingiu 77,05% do território entre junho e julho deste ano. Antes, o território com seca era de 75,78%, ou 427,9 mil quilômetros quadrados. Com 77,05% de área com seca, o fenômeno atingiu 435,1 mil km² ao final de julho. Os dados são da Agência Nacional de Águas e Saneamento Básico (ANA) divulgados nesta quarta-feira (19). Segundo a agência, o fato demonstra uma leve subida na área de seca no estado. Influenciou no índice o surgimento de uma área de seca fraca no Extremo Sul baiano, na divisa com o Espírito Santo.
Ali ocorreram precipitações abaixo da média nos últimos meses. Já no Norte do estado, as chuvas tiveram volume acima da média, o que melhorou nos indicadores. Na região houve um discreto recuo das secas fraca e moderada, o que diminuiu a área sem seca. No entanto, a ANA diz que os impactos são de curto prazo no litoral sul e de longo prazo nas demais áreas. A agência também informou que o Monitor de Secas apontou grande variabilidade nas chuvas nas diferentes regiões do estado no último mês. Além da Bahia, outros seis estados registraram aumento das áreas com seca em relação a junho: Espírito Santo, Maranhão, Minas Gerais, Piauí, Rio de Janeiro e Tocantins.
Em outros quatro estados, o fenômeno teve redução: Alagoas, Paraíba, Pernambuco e Rio Grande do Norte. No Distrito Federal, Ceará, Goiás e Sergipe a parcela do território com o fenômeno se manteve estável. Em termos de severidade, a seca não registrou mudanças significativas entre junho e julho nas 16 unidades da Federação monitoradas.
Coordenado pela ANA, o Monitor das Secas faz o acompanhamento contínuo do grau de severidade das secas no Brasil. O recurso tem como base indicadores do fenômeno e dos impactos causados em curto e/ou longo prazo.