Foto: Reprodução / TCE/BA
Uma auditoria do Tribunal de Contas do Estado da Bahia (TCE/BA) identificou falhas estruturais e ausência de manutenção regular em 44 pontes da rede rodoviária estadual, sob responsabilidade da Secretaria de Infraestrutura do Estado (Seinfra).
Divulgado nesta quarta-feira (16), o levantamento foi realizado entre janeiro e outubro de 2025 e abrangeu diversas regiões da Bahia, com inspeções visuais e uso de drones para análise de áreas de difícil acesso.
Segundo o relatório, 40,91% das pontes avaliadas foram classificadas como em estado ruim, e 11,36% estão em situação grave, exigindo avaliações técnicas mais aprofundadas para verificar a segurança e o funcionamento das estruturas. Já 43,18% dos equipamentos estão em bom estado, enquanto 4,55% apresentam condição razoável.
Conforme o TCE, os casos mais críticos foram registrados na BA-663, sobre o Rio Cachoeira, e na BA-026, perto de Nova Itarana. Para essas estruturas, o órgão recomendou a adoção imediata de medidas corretivas, além da criação de rotinas de inspeção periódica e da padronização dos serviços de manutenção.
PROBLEMAS RECORRENTES
Durante as vistorias, a equipe de auditoria identificou falhas recorrentes, como deficiência de sinalização, fissuras e trincas, danos em guarda-corpos, buracos no pavimento e ausência de passagem adequada para pedestres. O TCE baiano declarou que embora a maioria dos problemas não indique risco imediato de desabamento, é preciso ficar em alerta, uma vez que a falta de manutenção contínua acelera o desgaste das estruturas e pode comprometer a segurança viária.
O relatório também aponta que a Seinfra não tem regras claras nem rotinas regulares para inspeção e manutenção das pontes. Além disso, acrescenta o relatório, não há critérios padronizados para avaliação das condições estruturais, o que contraria normas técnicas nacionais adotadas como referência pela auditoria.
Outro ponto em destaque é a falta de planos de manutenção preventiva e corretiva com prazos definidos, bem como a ausência de registros das intervenções realizadas e da identificação dos responsáveis técnicos. O estudo aponta que essa falta de organização dificulta o planejamento, o controle e o acompanhamento das ações de conservação.
RECOMENDAÇÕES
Ao final da auditoria, o tribunal recomendou a correção imediata das falhas identificadas, a criação de um sistema de monitoramento das pontes, a elaboração de um plano de ação estruturado e a padronização das inspeções e da manutenção.
O processo segue agora para sorteio do conselheiro relator e, posteriormente, será encaminhado para julgamento no Tribunal Pleno do TCE/BA.
Por Bahia Notícias
