Estudo aponta que aspirina e ibuprofeno têm mais riscos ao feto | FOTO: Marcelo Casal Jr/Agência Brasil |
Um estudo publicado na revista científica britânica BMJ confirmou que não existe qualquer vínculo entre o uso de paracetamol durante a gravidez e o desenvolvimento de autismo em crianças. A conclusão vai de encontro às declarações recentes do presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, que afirmou a existência de uma relação entre o medicamento e o transtorno, sem apresentar provas ou evidências científicas.
De acordo com o estudo, “os dados atualmente disponíveis são insuficientes para confirmar um vínculo entre a exposição ao paracetamol no útero e o autismo, assim como o transtorno por déficit de atenção com hiperatividade (TDAH) durante a infância”.
A comunidade científica criticou as declarações de Trump, que chegou a orientar mulheres grávidas a não utilizarem o medicamento. O paracetamol, também conhecido comercialmente como Tylenol, é amplamente prescrito a gestantes, já que outros analgésicos, como aspirina e ibuprofeno, apresentam riscos comprovados ao feto.
Segundo reportagem de O GLOBO, o artigo não se baseia em novas pesquisas, mas apresenta uma análise abrangente e atualizada sobre o tema. Trata-se de uma “revisão guarda-chuva”, que reúne resultados de diferentes estudos já realizados, oferecendo uma visão mais completa e precisa sobre a segurança do uso do paracetamol na gestação.
A publicação reforça o posicionamento de especialistas e instituições médicas que reconhecem o paracetamol como uma opção segura para o controle de dor e febre durante a gravidez, desde que utilizado de forma adequada e sob orientação médica.
Jornal da Chapada
